domingo, 7 de setembro de 2008

Jogos Regionais - Jaboticabal - 2008 (Recordar é viver...?!)

E lá vamos nós... Mais um Jogos Regionais... E, quem diria, já são quase 10 anos desde meu primeiro (em 2001, Franca. Ano de Glória!). Opa! Devagar com o andor: este ano os Jogos Regionais também seria, de certa forma, especial, pois Jaboticabal é uma cidade muito importante para mim. E lá se foram muitas estrelas do mar (isso não é pra entender, fique tranqüilo).

Minha história com Jaboticabal começou no final dos distraídos anos 90, começo de 2000, quando uma prima muito querida (olá, Wanessa!), foi estudar Medicina Veterinária na distinta FCAV (Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias) da Unesp-Jaboticabal. Pouco tempo depois, meu primo, que é irmão dessa mesma prima, também foi estudar lá (Fala, Júnior!). Só que, desta vez, era Agronomia. Nesse tempo, muito ouvi sobre as histórias daquela faculdade. Era, para mim, um pobre vestibulando, um mundo à parte: outra realiade (principalmente em se tratando de Jaboticabal).

Contudo, nesse meio tempo, a FCAV resolveu abrir um curso de Humanas: Administração. E eu, que ainda não tinha a mínima idéia do que ia fazer da vida (hoje tenho...?), mas já me achava um "humanista", fui convencido a prestar (a idéia era treinar pro vestibular do final do ano). Tenho que confessar que na primeira vez não deu muito certo, mas aí, no meio do ano de 2005... Uia! Não é que eu passei?!

(Nostalgia: resolvi dar uma olhada para ver se o meu histórico ainda constava nos arquivos da FCAV. E não é que estava lá?! Reparem nas notas: A maior nota foi de Matemática e eu não passei em Introdução a Economia!).

E lá fui eu, com a cara, a careca e a coragem, desbravar um dos Campus mais temidos da Unesp.

Assim com em outros campus da Unesp, em Jaboticabal o trote é proibido. Mas, assim como em outros campus da Unesp, isso não é respeitado. E lá, tirando o trote mais comum (pintar os bixos/bixetes, comprar coisas inúteis, etc), é necessário também andar, até o dia da libertação - que costuma durar quase dois meses depois da matrícula!- com uma "plaquinha" que deverá constar o seu novo nome (que é dado pelos veteranos(as)). Ah! E claro: para os bixos, cabeça raspada até a libertação! E, acredite: surge ali uma nova identidade. Você não é mais Marcelo, Paula, José ou Leonardo. Você é agora Esquisito, Reganhada, Bola de Fogo e Mensalão.

Pois é... Foi exatamente este o nome que recebi: Men$alão (estávamos no auge do escândalo). Na minha classe, ainda havia: Merluzão, Berada, Prea, Perua, Tonhão (era menina), Grafitte, Tetinha, Sofredor (era Santista - pois é, já naquela época!), Peidaneu, Póia, Bete, a feia (era homem), Homer (Simpson), entre vários outros de uma classe de pouco mais de 30...

Ficava claro que esse tipo de trote, que é, com certeza, muito mais forte do que em outros lugares, e muito mais desumano também por tabela, deveria ser repreendido. Bem, isso é o que eu pensava durante meu estágio de bixo lá... É difícil explicar, mas nesse mundo louco que é criado com novos nomes, divisão de classes, trotes e mais trotes, o pessoal acaba ficando mais unido! Só vivendo um tempo lá pra entender...

E olha que quase não me lembro de alguma dia que tenha ficado sem tomar algum tipo de trote (salvo os dias que os veteranos tinham prova). E eu nem morava lá! O Pessoal-bixos da república contavam cada história! Eu mesmo, uma vez, quase fui fechado dentro de um frizeer... E haja paciência... Mas nem tudo foi sofrimento. Muito pelo contrário. Lá fiz grandes amigos! Em especial, faço questão de lembrar de três pessoas:

- Migimim (Camila): Essa Japonesinha também abandonou o curso, depois de mim, e hoje estuda Administração na IBMEC. E tá aprendendo Chinês! Já naquele tempo me zuava, só por que eu tinha uma comunidade do orkut sobre o Antero de Quental. Imagina hoje em dia... É a minha esperança: ela vai ficar rica e me dar um bom emprego!
- Rufus (Paulo): Grande amigo! Nossa primeira conversa foi um alerta que ele me deu, depois de me perguntar o que tinha achado da classe: "Bixo não acha nada!". Bons tempos... Um dos caras mais loucos que conheci. Muita risava rolava naquelas aulas: quanta besteira a gente inventava! Os trabalhos em grupo foram impagáveis. Incluse o nosso famoso Seminário de Filosofia que tiramos Zero. Nossa apresentação não correspondeu em nada com o trabalho escrito que foi entregue para a professora (realmente, o pessoal usou o CtrlC+CtrlV e o Google como bibliografia básica).
- Melância (Willian): ou Chico Bento! Uma das pessoas mais boas (ingênuas) que já conheci! Oriundo de Capivari, seu jeito logo chamou a atenção. Nunca esquecerei do dia em que Rufus roubou uma bala do Chico Bento e disse: "Isso é pra você aprender que na cidade grande é assim!". "É nói, nêgo!".

Bom, desculpem o Saudosismo...
Agora sim, voltando aos Jogos...

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