segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Jogos Abertos 2007 (Praia Grande) Parte II

Memórias de um Enxadrista de Matão- Momentos que não me lembro, de uma semana que não esqueço. (Tomo II).
- Uma Comédia em sete atos.


5) Noites


Noite e Maresia...

Quanta poesia se poderia tirar dessa comunhão?! Desta vez não muita. O que tiramos mesmo foram porções de camarão e cervejas. Em síntese, matonensemente falando, as noites se resumiram Eu e o Frare interagindo junto ao grande público (pois o
Vivaldão e o El Debs, sênior como são, acabavam indo dormir muito cedo). E que público! (Público? Eles sim que eram o espetáculo!).

E todas as noites foram resumidas a um lugar: QUIOSQUE 77/78. O Quiosque do JAPA!

Ficamos uma semana exata na praia. Eu e o Frare mantemos a tradição de beber “algumas” todos os dias. Felipe e Vivaldão bebiam suco de laranja e comiam pastéis. Água (sem gás) de vez em quando também. Aliás, toda noite começava indo levar o Jaiminho Gimenes ao hotel...

Lembranças, lembranças... Todas aquelas noites já se misturaram... Tudo agora faz parte de uma noite eterna, incomensurável, onde desfilam as mais ignotas sensações e situações. E uma tentativa em esmiuçar esses fragmentos de memória em datas, não se faz necessário. Seria impossível lembrar todos os que passaram ali (e quando passaram) para desfrutarem daquela “noite”. Então, ficaremos apenas em tópicos, nuances, que de alguma maneira escaparam do meu total esquecimento. Parodiando o poeta Inglês Dylan Thomas: “Não entres nessa noite acolhedora com doçura!”


-Já no primeiro dia encontramos o pessoal de Rio Preto e isso se manteve durante todos os outros dias. Tirando a figurinha já carimbada de Martín Crosa (que resolveu, algumas vezes, devolver um pouco dele a natureza, ao mar) tivemos aprazíveis surpresas:

Diego Di Berardino e sua música (feita pelo Crosa) que chegou a ser cantada por todo o quiosque e que promete ser o hit do próximo verão. Adriane e Marciane, sendo que esta última ocasionou uma blitz da polícia no táxi em que o pessoal de Rio Preto estava (Reza a lenda que ela foi confundida com uma criminosa. O que acham?!). Leomar (que merece um tópico à parte) e claro, o Ramon, que apesar do Corinthians, consegue sempre manter o bom humor. Entretanto, que me desculpe todos, o maior personagem, o nosso Hamlet nesta peça, foi o MI Eduardo Thélio Limp!

Seria impossível descrever toda a sapiência e genialidade que discorreu esse santo homem durante todas aquelas noites. Acredito sinceramente que se fosse possível uma compilação das teorias apresentadas ali, surgiria o Montaigne do século 21! Algumas passagens do mestre:

a) Interessantes observações sobre as obrigações do homem na sociedade contemporânea tendo como ponto de partida a relação com a mulher. Chegamos a um ponto que qualquer coisa pode ser usada contra nós (homens) no tribunal. Qualquer coisa mesmo!

b) Tempos atrás, em um torneio em Brasília (numa casa com os seguintes personagens: Guevara, Leomar, Limp e Caldeira) depois de vasta análise de uma partida do mestre Limp, reza a lenda que este teria apagado a partida (e as análises) para que Leomar Borges (seu adversário no outro dia) não pudesse vê-las e utilizá-las! Esse caso causou muita polêmica. Caldeira não desmentiu nem confirmou. Leomar argumentou com unhas e dentes (quase literalmente) o apagamento da partida. Argumentou tão bem que até o Limp já estava quase acreditando! Mas, o mestre Limp se defendeu à altura e segue aberta a questão... Teria o mestre Limp apagado a partida?!

c) Limp, amante de um bom cinema, saiu em uns dos dias junto com Diego, Adriane e Marciane, para ver um filme. O escolhido foi Resident Evil III. Impossível reproduzir a crítica que fez o mestre Limp tendo como base apenas os 30 minutos de filme que assistiu. Primeiramente, é interessante destacar que o mestre confessou o peculiar hábito de identificar-se (quase que metafisicamente!) com algum personagem dos filmes que vê. Nesse caso o seu escolhido morreu logo no início! Como poderia o mestre assistir a um filme se ele estava “morto”?! Mais do que isso, suas considerações estéticas sobre o filme revolucionariam toda a semiótica. No mais, ressalvo apenas a frase que proferiu depois de narrar a cena em que um zumbi (comendo um cadáver) tem a cabeça decepada e logo após é atropelado por um caminhão:
“-Que Poesia! Que Poesia! Eu Pensava...”

d) Afeito que é as modernidades e apesar de estar morando um pouco afastado da urbe, mestre Limp não dispensa a utilização das maiores novidades: internet via lua. É difícil a explicação do sistema, por ser demasiado técnico, mas sua comprovação é defendida pelo mestre Limp. A rapidez dessa internet também: o tempo em abrir uma foto ou um arquivo é igual a volta da lua ao redor da terra.

e) Eu tive o prazer, junto com Fernando Frare, de dançar na chuva com o mestre Limp!
E claro, cantando:
“I'm singing in the rain
Just singing in the rain
What a glorious feeling
I'm happy again”.


-Leomar Borges também merece destaque. Conhecido a muito tempo pelos matonenses e por todos os enxadristas em geral, Leomar é mundialmente querido. Duas passagens do mestre Leomar, em especial, me marcaram. Primeiramente suas considerações sobre esse blog. O Leomar lê mesmo isso aqui! Entretanto, confessou que parou de ler um tempo por que não entendeu (ninguém entendeu!) certo post que não convém lembrarmos.
Dei minhas explicações ao Leomar e esse também deu as suas. E isso foi, até onde eu contei, umas 10 vezes:

“Olha, eu gosto muito de você. Leio o blog lá e tal. Eu sou loco, mas aquilo lá... É coisa de loco!” (sobre o referido post).

Prometo Leomar: maluquices daquelas lá, nunca mais!

Em segundo lugar Leomar me cobrou, e muito, sobre eu ter dito que ele teria falado “o Korchnoi não entende nada de xadrez!”. Tentei explicar que disse "o Korchnoi não entendia nada era da abertura", mas o Leomar não aceitou! Bem, fica aqui o que eu escrevi no blog, no post VI Torneio Internacional de São José do Rio Preto no dia 20 de Abril de 2007 e tirem suas próprias conclusões:

“O Korchnoi toma de g... mas ele não sabe de nada, tem que tomar de peão de e! Depois faz o fianchetto etc. O Korchnoi? Ele não entende nada disso aqui!”

-Um fato curiosíssimo, mas que não vou citar nomes aconteceu entre um Árbitro Internacional e um dos jogadores que estavam jogando por uma cidade do interior de São Paulo. O Árbitro, que por convenção chamaremos de M.A., tinha deixado o referido jogador esperando a mais ou menos umas duas horas. Depois de muita demora o jogador que estava de saco cheio, e com razão, soltou em alto e bom som:

- Maaaaaaaaaaaaaaaauro, Poooooooooorra!!! (o nome usado é fictício).

O Quiosque todo parou. Silêncio. Durante alguns segundos foi possível escutarmos até as ondas do mar... Mais alguns desentendimentos depois, os dois foram embora.

O sucedido correu rápido entre o pessoal e tinha até um argentino, que não direi por onde jogou, mas que estava mais para ogro do que qualquer coisa, que ficava repetindo, todos os dias, o tempo todo:

- Oooooooo MOOOOOUUROOOOOOO!!!

No final ficou tudo bem, acho... O Mara deu risada(alguém já disse que o Marra é muito marrento?! Brincadeira!).

- A argentina Zuriel é muito simpática e não gosta de pastel de palminto.



- Em um dos dias, depois que o Quiosque do japa já tinha fechado, Eu e o Frare, rumamos até uma lanchonete ali próximo. 10 minutos depois parou um carro: Modesto (conhecido como Humilde) e Cassião! Esse último foi a revelação na arbitragem. Impagável a história sobre o torneio do Zé do Bloco! Mas só ele consegue explicar...

- As meninas de Ribeirão passaram lá. Mas o Gabriel não, uma pena...

- Quem conhece o Leonardo Bispo? Mascarado, não?! Já é mascarado daquele jeito sendo Bispo, imagina se fosse torre?! (Muito boa!). O Pessoal de Santos apareceu algumas noites por lá...

- Seria a Carolina, de Ribeirão Preto, a personificação feminina do Name?!

- Não esqueci: o Cris e a Patrícia passaram por lá. O Cris me deve "algumas cervejas"...

- Metade do pessoal passou por lá, pelo menos uma vez. Não vou relatar todos, mas sintam-se saudados!

(O Canário fez falta... Abraço Mestre).

6) Partidas

Finalmente chegamos à parte que deveria ser (e talvez seja) a principal desse post: as partidas. Ou seja, torneio em si. Não prolongarei demais esta parte: que entreguem o pão e abram o circo!

1°Rodada

Matão x Votuporanga

Chegamos. Antes da partida, como sempre: Cumprimentos, abraços, solicitações, etc.

Pulando a parte dos tramites legais, o emparceiramento apontou: Matão x Votuporanga.
Curiosamente, o carro do pessoal de iria jogar por Votuporanga quebrou no caminho e eles não chegaram a tempo. 4 x 0. Estávamos com sorte. (Álvaro Aranha, de Ribeirão Preto disse “agora não coloca no blog que foi W.O.” ?!).

2°Rodada

Matão x Limeira

A cidade de Limeira que tinha se classificado nos Regionais com uma forte equipe trouxe apenas iniciantes para jogar. Mais uma vez ganhamos de 4 x 0. E foi nessa segunda rodada que se iniciou a “pregação” do GM Neuris Delgado (Vocês não acham que ele tem cara de Pastor?!): Neuris, outrora conhecido como o GM Cubano mais legal do Brasil passou a ser o GM Cubano mais chorão do Brasil. Ele reclamava do nosso emparceiramento, dos nossos adversários, das nossas peças, dos tabuleiros, e chegou até mesmo a fazer acusações de transações ilegais de nossa parte! Chorava mais que *mandí! Mas, eu ainda iria sofrer mais com nosso amigo GM...

(*=Mandí: peixe natural do Brasil que quando pescado parece estar chorando. O peixe corno, gente! FRARE, Fernando Enciclopédia BASCA. ed. 3, 2007).

Algo que merece destaque, não por importância, mas por puro egoísmo de minha parte, é o fato de ter se iniciado aqui o meu exílio do 4° tabuleiro, ou seja, não mais joguei. Já falei anteriormente sobre isso, mas só quero deixar registrado aqui, mais uma vez, que o GM Neuris Delgado continuou a sua choração e pior: dessa vez ficou tirando sarro de mim. Aliás, ele tentou dizer que eu e meu irmão não tínhamos cara de enxadristas. E por acaso, ele tem cara de GM?! (Vivaldão disse isso na cara dele... Neuris, claro, resmungou alguma coisa. Como chora esse GM!).
Estávamos com sorte...

3° Rodada

Matão x Pindamonhagaba

Enfim, começava pra valer o nosso torneio. Tentamos explicar para o Neuris que nossa religião não permitia o trabalho no final de semana, mas não adiantava: ele continuava reclamando.
Jaime Gimenes chegou! No horário inclusive. Ganhamos de 2,5 a 1,5 sendo que Jaime jogou muito bem contra Matssura e Felipe empatou com Jorge Kasparov Bitencort. Logo depois do match algo meio chato aconteceu, que foi um recurso contra a cidade de Pinda. Não convém aqui ficar explicando. O recurso, ainda bem, não deu certo. No final ficou tudo bem. Aliás, abraço pro Bitencort, no qual conversei muito depois disso!

4° Ronda (em homenagem ao Neuris)


Matão X Ribeirão

Finalmente os eternos amigos e rivais de Ribeirão. E mais uma vez o empate 2 x 2.
O que dizer?! Nebe levou um amasso do Aranha, assim como o Felipe do Neuris. Vivaldão ganhou (pela primeira vez) do Name e o Jayme do Aníbal. Suado? Um pouco sim, como sempre...

E eu lá fora...

Neuris não chorou tanto. (Aliás, por que ele só jogava de brancas?!).
Estávamos com sorte...

Saindo um pouco do assunto: Eugênio, de São Carlos, deu mate de rei! Um show à parte. Para conferir a história consultem o blog do Xadrez de São Carlos que está aí do lado.

5° Rodada

Matão X Taubaté

3 x 1. Jayminho perdeu pra o GM Mequinho, mas outra vez jogou bem. Realmente as coisas tinham começado pra valer e não tinha mais match fácil. Poderia ficar aqui descrevendo as partidas, mas como eu não me lembro tão bem delas e além do mais eu não agüentava ficar olhando do fora, vou ressaltar algumas peculiaridades que observei:

- O Árbitro Cássio mandou, nesse dia, antes da rodada:
“2 minutos pra começar a parada!”
- O MF Sega, de Santos. Aquele homem merece o título Dalai-Lama de MF paciência. Dos dias que ele não jogou, e eu observei, ele pegava uma cadeira, colocava atrás do vidro onde estava ocorrendo as partidas e ficava lá, o tempo todo, olhando as partidas da sua equipe. O tempo todo!
- A essa altura eu já estava praticamente estagiando na arbitragem e passando partidas e mais partidas (da série A). Aliás, alguém me deve umas cervejas, heim Christian?!

6° Rodada

Matão x Mogi-Mirim

Novamente o empate, mas dessa vez nos 4 tabuleiros.

Dois Adendos: Marra quase escreveu na cara do Vivaldão: eu não vou jogar peão de rei! Como disfarça bem aquele garoto! E a melhor análise foi a que o Fritz fez da partida do Jayminho com o Luciano Maia: o Fritz prefere jogar a posição com dois tempos a menos do que seguir o plano do Jayme. Como ele mesmo disse: “O Fritz espezinhou a posição!”.

Será que o empate foi o melhor resultado? Bem, agora é tarde... Como diria o Zagallo “Só falta uma!”. Bem quê, isso não deu muita sorte na época, mas, enfim... Última rodada.

7° Rodada (o Gran Finale)


Matão x Franca

A noite tinha sido boa. No dia da partida almoçamos razoavelmente bem. Nenhum sinal de alucinógenos ou veneno na comida. Tudo parecia (e até estava) bem. Mas como explicar os eventos a seguir?! Renato Aragão, daí me uma luz!

Sinceramente, foi duro chegar até aqui e tentar buscar das profundezas do meu ser soturno alguma luz de lembranças. Entretanto é provável que essa parte final –das partidas - merecia um texto à parte, um tratado, um ensaio, um estudo, qualquer coisa que fosse possível para tentar explicar alguma coisa. Entretanto, a reflexão e a inflexão me fez chegar a uma palavra que sintetiza de maneira clara e objetiva tudo o que aconteceu: PAPELÃO!

O que faço agora? Narro os fatos? Choro? Grito, berro, xingo, blasfemo, chuto?
Melhor! Farei tudo isso junto! DIO PORCO! DIO CANI! PORCO LADRO!
Perdemos. Em suma. 3,5 x 0,5. Posso repetir de novo? PAPELÂO! Mais uma vez: PAPELÃO!

É difícil explicar o que aconteceu, mas depois de uma consulta minuciosa com o Jayminho Gimenes, encontramos um distúrbio raro conhecido como Demência Psicótica Coletiva que só se manifesta em um grupo especial de seres humanos, os possuidores dos genes XYC, onde o C representa o cromossomo Oh Cornéfilos Hominus, traduzindo: Ô Homem Corno!

A união de um grupo com esse gene, normalmente, acarreta vários danos a eles mesmos e a sociedade. O último caso encontrado foi na cidade de Chernobyl há algum tempo atrás.

Não temos outra explicação para o ocorrido e apesar de não termos feitos os testes, a patologia ficou comprovada depois desse match. Vale lembrar, apesar dos malefícios ocasionados pela patologia, algumas vezes ela pode chegar ser benéfica. O segredo é a alta concentração de endorfina no corpo. O caso mais famoso nos anais médicos é o de um grupo de comediantes conhecidos como OS TRAPALHÕES.
Nada mais deve ser acrescentado, apenas que o desconcerto foi geral (mais uma vez: PAPELÃO!) e por algum motivo ouvimos uma música, mais ou menos assim, tocando na premiação:
Tanananananana Tananananananana Tananananana...

2° lugar... Fazer o quê?! No final das contas, como bem observou o Mestre Mário Biava, sempre tivemos muita sorte, e dessa vez ela resolveu nos cobrar...

Parabéns para os amigos de Franca: Lidolfo, Serginho, Evandro (ele sacrificou um cadeira em um dos dias!) e ao MI Lucas Liaskovitch (o maior saltador do enxadrismo argentino!) e ao Scoby que ficava sofrendo do lado de fora junto comigo. Brincadeiras à parte, Parabéns mesmo! E parabéns também para a equipe de Ribeirão, apesar das reclamações do GM Neuris, que pode até ficar parecendo que eu zuei muito ele aqui, mas realmente, ele é muito gente boa!

Abraço também para todos os amigos, e amigas, que participaram!

7) A Volta

Fechem as cortinas. Baixem os panos. É terminado o espetáculo...

Gritamos e xingamos. Muito (Dio Porco! Dio Cani! Porco Ladro!) e até no salão vazio nós xingamos. Entretanto, nada mais poderia ser feito. “Com o corpo muribundo e alma despedaçada” como eu disse uma vez e o Jayminho tanto apreciou, tínha terminado.

O que dizer?

“Negócio seguinte: o sonho acabou e, depois, não sobrou mais nada.”(Charles Bukowski, escritor)

Não é para tanto... Ouve blasfêmias? Sim. Ouve xingamento e troca de insultos?! Vários. Mas, é incrível como a nossa equipe se manteve impoluta e não perdeu a cabeça.

Depois da última refeição dos condenados no hotel onde o Jayminho estava (devo reconhecer: a comida lá também era boa!), nos preparamos para subir a serra. Aquela idéia, exposta no início, da morte e cordão de isolamento, bombeiros, etc, foi lembrada. Merecíamos (não o cortejo, mas a execução! Crucificação era pouco!). Antes de partimos Felipe recebeu a última boa notícia do dia: Os Demônios da Garoa iriam fazer um show ali perto da praça e não seria preciso pagar os 45 reais (fora pedágios, combustível e outras coisas) que Felipe pagou, uma semana antes, para ver os velhinhos tocarem, pois o show seria de graça. De graça!

Nosso cortejo fúnebre seguiu em dois carros: Jayme, Frare e eu em um e Felipe, Vivaldão e Taís Julião em outro. Os xingamentos não ficaram só dentro dos carros, mas até troca de gentilezas entre os dois carros aconteceu. O melhor mesmo era ver o Felipe insanamente no volante, para cá e para lá, devido ao seu co-piloto Vivaldão.
Mas, demos risada também. Entretanto, acho que o ponto alto foi perto da casa do Vivaldão, onde todos nós gritamos para o viaduto todo escutar: PAPELÃO!

Deixando Vivaldão e Taís em São Paulo, seguimos para o interior, agora eu e Felipe em um carro e o Jayme e o Frare no outro. Continuamos as blasfêmias, mas houve uma coisa boa nisso tudo: se a equipe não fosse tão unida e não houvesse tanto “amoooor” não tínhamos passado nem nas curvas de Santos...

E foi isso.

Para ressaltar, devo acrescentar mais uma vez: PAPELÃO!

E mais uma: PAPELÃO!

Talvez esse post poderia ter sido expresso só com isto: PAPELÃO. Mas, ficamos com todo o resto também, pois:

“... para os cômicos de profissão, as coisas sérias têm atrações fatais...” (Baudelaire)


(essa foto exprime todo o nosso sentimento frente as acontecimentos narrados...)
É nóis... PAPELÃO!

6 comentários:

Anônimo disse...

Cada vez melhor!
Parabéns!

Anônimo disse...

Muito bom, Vivaldinho!
Mas falar que o Felipe acertou 61 no Enem foi apelação!
O que caiu? Mate em 4, as barncas jogam e ganham? hahaha
Abração!
Ricardo Henrique

Anônimo disse...

Parabéns Vivaldo pelo Blogger cara....
Olha sei que o resultado final não foi o esperado, mas nem sempre vence o melhor cara !!!
E isso foi comprovado mais uma vez nos abertos !
Parabéns a toda Equipe de Matão ``Espirito de Porco``.

Abraços Cleber Alex

Anônimo disse...

Já disse isso a ele várias vezes, e repetirei, agora publicamente: show esse seu blog!
Como também já disse a ele, não pactuo do que considero excessiva carga de, digamos, autocrítica (rsrsrs) em vários trechos do que escreve; mas, mesmo esses trechos mais "depressivos" trazem à luz (eheheh) um toque de genialidade.
Conforme já esperado, os posts dos Jogos Abertos 2007 não fugiram à regra e nos brindaram com muito humor refinado e riqueza de detalhes.
Faltou relatar um evento que considero marcante para toda a equipe e, como será auto-explicativo, principalmente para mim.
Quando me dirigia, a pé, ao local dos Jogos, para a quinta rodada, escorreguei em uma calçada molhada pela chuva que caía e levei um tombo de cinema! kkkkk O tombo foi tão feio que um rapaz muito educado que caminhava logo atrás de mim apressou-se a me ajudar. Como, quando me alcançou eu já estava em pé por minhas próprias forças (rsrsrs), embora com fortes dores em várias partes do corpo, o rapaz indagou assustado:
_ "Tu tá bem??".
Ao ouvir, de mim, apenas um "caraca!" que só consegui pronunciar debilmente kkkkk, ele insistiu:
_ "Tu tá bem?? Olha, tem um hospital a duas quadras daqui!".
kkkkkkk
Esse tombo fez com que eu, por alguns dias, só conseguisse afastar meu braço esquerdo apenas alguns centímetros de meu tronco, tanta era a dor ao tentar movê-lo mais amplamente.
Recebi toda a ajuda e solidariedade de que precisei, então, em função dessa minha limitação parcial temporária (rsrsrs), de todos os meus companheiros de equipe (embora, em alguns poucos momentos, deixassem transparecer que eu parecia estar exagerando - rsrsrsr).
Acredito que o Vivaldinho não tenha relatado esse quase trágico evento porque ainda não sabia que, apesar da aparência, nada de grave aconteceu ao meu ombro. Toda a dor vinha de tenaz contratura muscular que cedeu naturalmente ao cabo de duas semanas de repouso relativo.
Quanto à derrota na última rodada, Vivaldinho descreve com muita propriedade que ficamos com o coração dolorido (rsrsrsrs). E quem não ficaria? E também é pura verdade que blasfemamos bastante kkkkk (embora ele, estranhamente, ainda tenha sido modesto ao relatar o quanto blasfemamos! kkkkk).
Mas, pelo menos para mim, isso logo passou e sobrou a alegria e a honra de termos sido vice-campeões!
Assim como ficou ainda mais clara e cristalina a avaliação de que, como Vivaldinho já bem descreveu, os amigos de Franca jogaram bem, com muita garra e foco e, assim, mereceram a vitória sobre nós e o Caneco de Ouro! Parabéns!
Quanto a teorizar sobre o que nos aconteceu naquela última rodada, só tenho a dizer que a teoria do Vivaldinho ("encontramos um distúrbio raro conhecido como Demência Psicótica Coletiva que só se manifesta em um grupo especial de seres humanos, os possuidores dos genes XYC" )é só uma brincadeira, gente! (Vivaldinho, cuidado com essas falsas teorias catastrofistas - rsrsrsrs. Dado o frágil equilíbrio psíquico de parte da "família enxadrística", teorias como essa, mesmo que completamente descabidas, podem gerar tragédias coletivas reais kkkkkkkkk).
Se eu tenho uma teoria do que nos aconteceu? Claro que tenho. Porém, como sempre nos ensinou nosso eterno mestre Alzir Biava, não devemos facilitar, para nossos oponentes, a tarefa de descobrirem eventuais fragilidades nossas! (eheheh. E estejam certos de que foi justamente em função desse ensinamento que o aplicado Vivaldinho preferiu escrever sobre aquela anedótica teoria ao invés de relatar suas reais impressões! eheheheheh).
Baralho!! kkkkk
Meu comentário ficou quase maior que o post original! Eita nego exagerado! kkkkk

Abração, Vivaldinho.
Jayminho Gimenez

Mario Valentim disse...

Papelão? Vice tá bom demais pra vcs !!!

Marinho.

Anônimo disse...

Adorei seu blog, muito inteligente e divertido. Não poderia ser diferente, já que mesmo sem te conhecer pessoalmente te acho muito parecido com seu irmão (esse sim eu conheço bem). Beijos