quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Memórias (quase) Póstumas do 72° Jogos Abertos do Interior – Piracicaba 2008 (PARTE II)

Capítulo 5
As partidas

“Outrossim, afeiçoei-me à contemplação da injustiça humana, inclinei-me a atenuá-la, a explicá-la, a classificá-la por partes, a entendê-la, não segundo um padrão rígido, mas ao sabor das circunstâncias e lugares.”(Memórias Póstumas)

Pressuposto que a lógica indicaria seguir agora para a conseqüência natural da utilização do GPS, ou seja, A(s) Noite(s), mas lembrando que isto tudo já perdeu há muito qualquer rigor de ordem, sigo, doravante, para as partidas: pois a idéia primeira fora jogar xadrez - ou, ao menos, em alguns casos, tentar... Ou em todos.

De qualquer forma, e contradizendo um pouco o parágrafo anterior, não tenho por intuito demorar-me demais aqui – portanto, não falarei das partidas. Poderia ficar aqui citando mil e uma diabruras que ocorreram, mas isso seria por demais enfadonho – e talvez até exagerado. Alguns pontos positivos também poderiam ser levantados, mas isso seria por demais arrogante – e com certeza exagerado. Quiçá a partenogênese enxadrística pudesse ganhar alguma coisa se eu mostrasse como toda e qualquer partida, por mais estranha que seja, tem lá seu valor ao lado do prêmio subjetivo e inebriante da vitória (ou sufocante, no caso da derrota): mas isso seria romper o silêncio que jurei guardar. Calemos, portanto... Mas não sem antes deixar aqui um lamurio baixo e quase imperceptível: seja do grito do desvalido, seja do nascimento dum forte. Ei-lo:


A posição em questão foi derivada do encontro entre nosso jovem Mancebo Rafael “Alemão” e nosso amigo “Carioquinha” (nome fictício). Notem, atentamente, a posição exposta: nem mesmo a dinâmica celeste poderia descrever maior mobilidade e ação! Do Diagrama em questão foram jogados mais, arisco-me a dizer muito mais, de 50 lances (e já havia passado mais uns tantos...). Apesar do apuro de tempo, e de várias ofertas de empate à parte, aliado ao nervosismo da estréia e até de algumas reclamações por parte da outra equipe (sabe-se lá porque), Rafael conseguiu manter o sangue frio e, sobretudo a paciência, para garantir o empate. Não é só vencedor que ganha as batatas: um empate, às vezes, vale mais que uma vitória. Falando em vitória, acredito nas revindicações que Alexandre Sigrist fez para o próximo Jogos Abertos. Ouve lá: PodCastle (por enquanto, é só ouvir o mais recente... Não é só o Vivaldinho que não é dos mais pontuais em atualizações).

E para que este capítulo não fique demasiado incolor, lembro, portanto, de algo que nada tem haver com a vida do xadrez, mas sim com o xadrez da vida: encontrei muita gente na rodoviária de Piracicaba: Silvio Oliveira; Juçana (no mesmo ônibus!); Andréia (de Campinas); e na zen posição de lótus em um dos bancos da rodoviária, a Taís Julião!

E, para terminar, uma foto do nosso estimado quarto (porque? Porque ele era show!):

Capítulo 6
As noites

“- É um vadio e um bêbado muito grande. Ainda hoje deixei ele na quitanda, enquanto eu ia lá embaixo na cidade, e ele deixou a quitanda para ir na venda beber.” (Memórias Póstumas)

E o pessoal do xadrez sempre muito animado. É verdade que dessa vez nós (entendam eu, Vivaldão e Marra), por estarmos em um alojamento afastado da cidade, e quase que do mundo ("um rancho fundo, bem pra lá do fim do mundo!" como diria Diego Silveira, de Itapetininga, que também estava por lá e sempre cobrando os post´s) nossas incursões noturnas se fizeram menores. Não raro fora o dia em que chegamos, jantamos e, depois do banho, o sono que serviria de rápido descanso para agüentar a noite, fora desfeito apenas com o costumeiro “acordar das mulas” matutino do Seu Mário...

No mais, seria impossível citar todos que desfrutaram do manto acolhedor da abóboda celeste. Contudo, também me parece muito injusto, não trazer à baila o pessoal de Rio Preto - por motivos óbvios (que nada mais é que o de comunhão ideológica aferida ao tema aqui exposto): W. Rocha (sempre discutindo alguma coisa com o Leomar Borges); o próprio Leomar Borges – um dos meus últimos ídolos enxadrísticos, à frente, evidentemente, de Korchnoi; Ramon, chefe da delegação e mentor intelectual das investidas noturnas; Eliana, não só a dona da máquina fotográfica, mas também embaixadora da paz; e, sobretudo, as incansáveis Marciane Prior e Adriana Shredder, ops, digo, Scheleder, que sempre nos incentivavam ao desfrute da noite. Aliás, essas duas desfrutaram de nossa companhia na derradeira noite (em boa parte das outras também, é verdade) em que estivemos em Piracicaba. E embora esta noite tenha começado em um dos bares “descolado” que o pessoal freqüentava, ela acabou por terminar em um lugar ainda mais opulento e muito longe de ser uma bodega qualquer. Julguem vocês mesmos:


E, sendo sincero, para não comprometer o relato daqui para frente sobre esta noite, pois minha memória sobre tal começa a ficar mais turva que o normal, digo apenas que lembro-me que demonstrei minhas habilidades na sinuca (aliás, modéstia à parte, há de ser um talento que desperdiço... Ao menos quando bebo) e, depois, agora já sem quaisquer lembranças minhas, que perdi meu RG no posto (as meninas que acharam!), que gritei sandices na avenida (diz o Marra que quase matei um moto boy), que dei alguma resposta atravessadas para o Vivaldão (mesmo alterado mantenho algumas características invariáveis da sobriedade) e, como gran finale, que pulei o murro do alojamento que era, mais ou menos, um Ramon e meio (tudo para colocar o carro lá dentro). Várias escoriações, e hematomas, foram descobertas no dia anterior.
Enfim, tendo em vista a supremacia da imagem em nosso século, e a preguiça deste que vós fala, segue algumas fotos que expressa muito bem as noites de um Jogos Abertos (este poderia ser o capítulo “coluna social”):

(As meninas de Rio Preto: Marciane, Eliane (de quem roube praticamente todas as fotos) e Adriane)

(A galera de Rio preto mais Christian quinto elemento)

(Rio preto e um foragido de lá: Diego Di Berardino)


(É Senhor Marra... Se o senhor não sabe nem eu! - Ao lado o MI Dragan )

(Marciane comendo alguma coisa - e bebendo também...)


(Leomar - sempre presente - e Paula Delai)

(Por algum motivo, acho que ele estava bravo comigo...)


(... Mas acho que no final ficou tudo bem... Não?!)


(Não Vivaldão, sai pra lá... Deixa eu tirar a foto sozinho)


(Irmão bêbado é foda...)


(Cada um carrega a cruz que merece... Dá pra ficar bravo?!)

(Ei, Crosa!)


(Enquanto isso, em Dresden, na Alemanha, recebemos um cartão/foto do mestre El Debs. Ele é o do meio, com as pernas para cima)


(Bispo, Vivaldinho, Marra, Vivaldão, Crosa e Dragan - All IN!)

Capítulo 7
Das Negativas

Entre o fim dos Jogos Abertos e a participação da equipe de Matão, mediaram os (des)sucessos narrados nas partes intermediárias do post. O principal deles foi a própria participação de nossa equipe - relatado com muito tempo de atraso, é verdade. Pobre relato atrasado, se tivesse vindo à hora, quem sabe, tu me darias o primeiro lugar entre os homens, acima da ciência e da riqueza, porque eras a genuína e direta inspiração do céu. O acaso determinou o contrário; e ai tudo ficou nebuloso - posto ainda que sucinto.

Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei a celebridade como “bloguista”, não fui Mestre, não degustei nenhuma pamonha, não joguei todos os dias e, depois do final dos Jogos, ainda participei em seguida do Inter Unesp e consegui desclassificar minha equipe na primeira rodada (abraço para os amigos(as) da Unesp de Marília. Saluto aqui de Bauru! Abraço do peito, cururú!). Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não ganhar os pontos apenas com o suor do meu rosto (mas com a ajuda da equipe e, mui respeitosamente, com a ajuda dos adversários). Mais; não padeci a morte do troféu de poker do Marra (aquele que eu quebrei dentro do carro. Achou que eu esqueceria?! Pois é, fica aqui sua última morada), nem a semidemência do Felipe El Debs (que estava lá nas olimpíadas. Aliás, ele se recupereu e trouxe as normas de GM - assunto para outro post). Somadas umas coisas e outras, qualquer pessoa imaginará, portanto, que não houve míngua nem sobra, e conseguintemente que sai quite com os Jogos Abertos. E imaginará mal; porque ao chegar a este outro lado do Estado de SP, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira negativa deste capítulo de negativas: - Não tivemos medalhas, não transmitimos ao nosso Município o legado da nossa miséria.

Fim da Parte II

Memórias (quase) Póstumas – Jogos Abertos do Interior: Piracicaba 2008 (PARTE I)

AFrase do mês: “Matamos o tempo; o tempo nos enterra.” (Machado de Assis – Memórias Póstumas de Brás Cubas).

Seguindo um projeto quase paralelo, mas, contudo, não de menor investimento que o da emissora Rede Globo com a mini-série Capitu (será que só eu e o Ferreira Gullar achamos que ela traiu? – com exceção do Bentinho, claro) e valendo-se da máxima “porque não?!” unida a um surto de plágio e megalomania, além de, sobretudo, tentar com esse malabarismo desajeitado esconder tudo aquilo que já esqueci sobre o que eu deveria lembrar (Já sei, já sei... "é sempre a mesma história!"), o Xadrez De-Pressão apresenta, não tão orgulhosamente é verdade, as Memórias Quase Póstumas do 72° Jogos Abertos do Interior – Piracicaba 2008!

(Nota: todos os fatos aqui narrados objetivam única, e exclusivamente, a veracidade última dos acontecimentos. Contudo, em alguns casos, esse intento falhou miseravelmente... Esse detalhe, entretanto, não deprecia a narrativa. Muito pelo contrário: cada um tome para si o que bem lhe aprazer – Te agradas o delírio? Peace and Love!).

AO MARRA
QUE
POR ÚLTIMO USOU AS FRIAS MALHAS
DA MINHA CAMISETA DO
FESTIVAL IDEAL MAX EUWE
DEDICO
COM SAUDOSA LEMBRANÇA
ESTAS
MEMÓRIAS (QUASE) PÓSTUMAS


Ao Leitor

No alto de um dos seus principais posts, confessasse MI Krikor Mekhitarian que tê-lo-ia visitado mais de 1375 leitores únicos (!!!), é coisa que admira e envaidece (não só ele, mas todo o Xadrez Brasileiro). O que não admira, nem provavelmente envaidecerá, é se este outro post (sim, este aqui mesmo) não tiver os 1375 leitores de Krikor, nem 1000, nem 100, e quando muito, 20... 20? Talvez 5. Trata-se, na verdade, de uma obra difusa, na qual eu, L.Vivaldo, se adotei a forma livre (entenda “livre” como quiser – eu mesmo não a entendi), com certeza a fiz com algumas (algumas?) doses de preguiça. É, pois é... Obra de ex-jogador aposentando em atividade...

Contudo, eu ainda espero angariar as simpatias da opinião, e o meio eficaz para isto é fugir a um prólogo explícito e longo. O melhor prólogo é o que contém menos coisas, ou o que as diz de um jeito obscuro e truncado. Conseguintemente, evito contar o processo medíocre, digo, extraordinário, que empreguei na composição destas Memórias, trabalhadas cá no (quase) outro mundo – o da semi-aposentadoria. Seria curioso, mas extenso e, aliás, desnecessário ao entendimento do post. O post em si mesmo é tudo: se te agradar, fino leitor (e enxadrista?), pago-me da tarefa; se não te agradar, pago-te com um rápa-côco, e adeus.

CAPÍTULO 1
Jogos Abertos - Piracicaba 2008

Algum tempo, ou melhor, por muito tempo (dois meses de atraso na verdade!) hesitei se devia abrir este post pelo princípio ou pelo fim. Isto é: se poria o início ou o fim dos Jogos Abertos. Suposto o uso vulgar seja “começar pelo início” (pleonasmo inevitável), duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um jogador-autor, mas um autor-jogador (isso me dá, ainda que teoricamente, mais liberdade). A segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais “novo” – e, claro, mais perto do livro do velho Bruxo (no qual a cópia não é mais tão descarada, pois, eu já dissera que a faria, não é?). Além do mais, pelo tamanho do atraso, e todo mundo querendo me matar, acho que isso é o que menos importa! Em suma: resolvi terminar o post na marra (não, não... Não no Marra. É "na marra")

Dito isso, os 72° Jogos Abertos do Interior (que ocorreu – ao menos para o xadrez – do dia 13 ao dia 17 de Novembro) terminou com as seguintes colocações na 2° divisão do absoluto (vale lembrar que as divisões eram assim compostas: Divisão especial, 1° divisão, 2° divisão, 1° divisão sub-21, 2° divisão sub-21. Idem ao feminino, com exceção da divisão especial):

1. Rio Claro
2. Mogi das Cruzes
3. Santa Bárbara do Oeste
4. Matão
5. Botucatu
6. Várzea Paulista
7. Campo Limpo Paulista
8. Sorocaba
9. Presidente Prudente
10. Votuporanga
11. Mirassol
12. Garça
13. Amparo
14. Itanhaém

Terminada a última rodada, em meio a contusões, arranhões, ressecas e afins (se acalme leitor! isso será explicado mais a frente!) eu, Mário Biava e Rafael Masselani, vulgo o Alemão, voltamos no mesmo dia para Matão, assim como Fernando Vivaldo e Eduardo da Costa Marra voltaram para São Paulo... Espere um pouco? Marra?! Chegamos a mais um dado importante: a equipe. Portanto, falemos sobre ela.

CAPÍTULO 2
A equipe

Alguns meses antes dos Jogos Regionais, em uma Galáxia muito, muito distante, a mais alta cúpula do mais alto conselho Jedi se reuniu para responder a velha pergunta do camarada Lênin: “O que fazer?!”.

Fernando Frare, por compromissos profissionais, não iria. Nem o Filipe Guerra (aquele que quando vai a gente sempre fica em segundo). Jayminho Gimenes, nosso eterno capitão, estava hospitalizado (calma, leitor! Ele já está bem... Foi só um susto!).

Felipe El Debs, o primeiro Chewbacca Jedi da história (e olha como as coisas são: neste mundo, o Chewbacca é mais forte que os Jedi... É o fim da picada) estaria nas Olimpíadas que ocorreriam na Alemanha, em Dresden. Pensamos em alugar um jatinho, para ele jogar um dia lá e outro aqui... Mas ficaria muito cansativo. Realmente: as poltronas desses jatinhos, hoje em dia, são terríveis.

Mário Biava, nosso Yoda, jogaria: "Est Factum!" outorgou o conselho (neste mundo, o Yoda não fica lá, batendo no Luke e se escondendo da briga... Cansado é o caramba! A gente joga ele no meio do "auê" e ele que se defenda!).

Vivaldão só jogaria se o Vivaldinho jogasse. Então, o Vivaldinho “jogou”.

Para completar a equipe, convocamos o jovem aprendiz de Jedi, Rafael Damus, o Alemão – não confundir com o “outro” Alemão. Não, não, caríssimo leitor... Não falo daquele rapaz do bigodinho. Falo daquele que você provavelmente tem em casa: o Fritz.

Em suma: Mário, Vivaldos (Fernando e Leonardo) e Alemão... Contudo, evidentemente, seria muito cansativo jogar em apenas 4. Portanto, resolvemos que traríamos mais um Jedi de uma outra Galáxia muito, muito, muito, muito, muito, distante... Para reforçar o time. Começaram, então, as entrevistas para o cargo:

1°) Vasyl Mykhaylovych Ivanchuk

É um menino até bom, mas meio “estranho”. Durante a entrevista, se mostrou muito nervoso... Não parava de se mexer na cadeira. Tanto que chegou até a quebrá-la... No mais, depois de algumas perguntas, Mário Biava deu o veredicto: “Loucura eu até tolero... Demência não!” (nota: O Xadrez De-Pressão não compartilha com todas as opiniões aqui expostas e a responsabilidade destas são inteiramente de seus realizadores).


2°) Fritz 11

Já estava tudo acertado, mas, na última hora, descobrimos que computadores não podiam fazer parte da equipe... Paciência.

(FOTO – Fritz 11 comentando a decepção por não poder jogar na equipe de Matão)

3°) Bobby Fischer

Seria uma ótima contratação! Infelizmente, a natureza chegou primeiro... (Mário Biava deixou, homologada em três vias, uma moção de repúdio a esse item dizendo que era uma falta de respeito uma brincadeira dessas – Perdemos na primeira estância e estamos aguardando o resultado do STF)

4°) Ronaldo, o fenômeno

Apesar de estar “meio” fora de forma, é um matador – ainda que o problema de visão atrapalhe um pouco as coisas. Contudo, ele mesmo dispensou as negociações, dizendo que tinha “outros planos para voltar ao Brasil”– fato que só viemos a entender recentemente. Bem, não ficamos bravos: é compreensível que ele queira, voltando ao Brasil, começar por baixo...

5°) Fernando César Frare

Tentamos convencer o nosso amigo Neb a abandonar o emprego para jogar com a gente, mas não deu certo – ainda assim, conseguimos levar ele 1 (um!) dia para jogar.

6°) O Messias

Ficou honrando, mas disse que “Apesar do que andam falando, não tenho data certa para minha volta ainda. Mas agradeço, de todo o coração, o convite! Fiquem comigo! Que eu os proteja! Adeus!”.

7°) Eduardo da Costa Marra

Depois de calorosas discussões (Vivaldão queria, de toda maneira, tentar uma autorização para o Fritz enquanto Mário Biava gostava da idéia do menino cabeludo e barbudo – “ele tem futuro!”) tive uma epifânia: “Porque não chamamos o Marra?” (o que passou pela minha cabeça? Provavelmente nada). Então, depois de mais algumas discussões, chamarmos o rapazola para uma entrevista e em conclave deliberamos que ele seria o escolhido:


Para tanto, segue as justificativas:

1- Pertinência estética alta (o que combinaria com o resto da equipe);
2- Noções básicas de teatro (demonstrada quando ele e o El Debs jogaram uma partida inteirinha combinada por mais de 2 horas);
3- Fez a sua aquisição do livro Peões Mágicos – do MI Herman Claudius;
4- Ele é Corintiano, então as discussões sobre futebol não levariam a lugar nenhum;
5- Parecia substituir a altura o senhor El Debs no volante – devo confessar que nesse item ele superou nossas expectativas!;
6- Tinha seu nome referido na Sociedade Sigma – honra de poucos!;
7- Esse item foi o fundamental (teoria do Vivaldão): o Poker. Explico: já faz muito tempo que a equipe de Matão vem jogando a base do blefe. E, de certa forma, vem dando certo... Mas, como toda tática, já estava ficando manjada... Então resolvemos dar uma recauchutada nela, contratando, para tanto, um especialista na área! Depois de tanto tempo no amadorismo, iríamos nos profissionalizar no blefe! ALL IN!

Recapitulação rápida da equipe (na ordem de tabuleiro – vide a foto do papel aonde o Alemão anotou a equipe, ditada pelo Vivaldão, e que o Mário Biava transcreveu - enfim: eles se entendem!):

1- Rafael Damus Masselani (Alemão)
2- Leonardo Vivaldo (Vivaldinho)
3- Fernando Frare (Neb)
4- Eduardo Marra (Marra ou “jogador de truco”)
5- Felipe El Debs (Pelúcio – seu nome só ficou pra “subir” nosso ranting. Sinceramente? Não fez a mínima diferença... Na verdade, caro leitor, na verdade mesmo, nossa idéia era, um dia, quando ele estivesse jogando “lá”, escalar o Felipe “aqui” também – para, quem sabe, ele perder uma partida de xadrez em dois continentes diferentes no mesmo dia! Será que valeria um record?! - também idéia do Vivaldão)
6- Fernando Vivaldo (Vivaldão)
7- Mário Biava (MB)
8- Filipe Guerra (muitos apelidos. "Bibipe" - segundo David Sbrissa Neto é o mais recente)

(lembrando que o Neb só jogou uma partida e o Filipe Guerra não foi – portanto, estávamos mesmo em 5).

CAPÍTULO 3
O motorista

Apresentada a equipe sabemos, portanto, quem assumiu o volante. E o Marra se saiu bem?! Muito bem! Assim que ele e o Vivaldão chegaram no salão de jogos, Vivaldão já me disse: “Vindo pra cá, na pista, a gente errou uma entrada... Sabe o que o Marra fez?! Atravessou o canteiro!”. O garoto tinha potencial! E, realmente, ele não nos decepcionou. Segue, abaixo, a lista de infrações do senhor Eduardo Marra durante todo o Jogos e os correspondentes pontos que cada uma delas acarretaria:

(Essa tabela de infrações do referido meliante é apenas uma estimativa, com margem de erro de 2 inflações para mais ou para menos – acreditamos que para mais, contudo, preferimos manter o rigor, e o caráter imparcial, da pesquisa).

Artigos infligidos: 9
Total de pontos perdidos na carteira: 79 Pontos (quase 4 carteiras de habilitação!)
Total das multas: R$ 3.043,35 (valor aproximado)

Contudo, acreditem, ou não, o senhor Eduardo Marra levou apenas duas multas, sendo as duas por Transitar em velocidade superior máxima permitida em até 20%, o que acarreta 8 pontos na carteira e, mais ou menos, 170 reais. E, só explicando um pouco cada multa da tabela: a segunda é muito simples: um motorista assim só pode estar ameaçando alguém – ou todo mundo. A terceira multa seria ocasiona devido a um pão daqueles de Semolina ("feito em casa") que você ganha de brinde nos postos de gasolina (O maior fã do mundo é o MI Felipe el Debs). O senhor Eduardo Marra, e o senhor Fernando Vivaldo, me obrigaram a jogar o tal pão para fora do carro em movimento na famosa rodovia do café, digo, RODOVIA DO AÇÚCAR (café, açúcar, está tudo ali, em algum lugar, no período colonial). Aliás: valeria também tentativa de homicídio nesse caso, pois o pão já havia criado vida depois de 5 dias dentro do carro. No mais, acreditando que todas as outras inflações são auto-explicativas, cito apenas mais duas que eu, infelizmente, não encontrei os dados pertinentes sobre elas: falar ao celular e parar o carro em cima da faixa de pedestre. Espera um pouco... Eu não falei que não iria citar as “estimativas para mais”? Bem, agora já foi...

Por fim, um ponto positivo: ele sempre usou o cinto de segurança.

CAPÍTULO 4
Grand Theft Auto: GTA – Piracicaba City

Grand Theft Auto (conhecido também pela abreviatura GTA) é uma série de jogos de computador e videogames. Os jogos são criados e desenvolvidos pela Rockstar North, empresa subdisiária da Rockstar Games e distribuidos pela Take-Two Interactive. Os jogos já fizeram muito sucesso e estima-se que já foram vendidas mais de 40 milhões de cópias em todo o mundo.*

O iPhone é um smartphone desenvolvido pela Apple Inc. com funções de iPod, câmera digital, internet, mensagens de texto (SMS), visual voicemail e conexão wi-fi local. A interação com o usuário é feita através de uma tela sensível ao toque. A Apple registrou mais de duzentas patentes relacionadas com a tecnologia que criou o iPhone.*

(*Fontes: Wikipédia)

Junte GTA e iPhone e você terá metade das noites que tive ao lado do senhores Eduardo Marra e Fernando Vivaldo (enquanto Alemão e Mário Biava dormiam sossegadamente no alojamento).

Quem já jogou GTA sabe que é um dos jogos que mais liberdades dão ao jogador: você tem toda uma cidade para explorar e qualquer veículo está ao seu alcance. Normalmente, a idéia é cumprir as missões determinadas para seguir a história do jogo. Contudo, normalmente, as pessoas gostam mesmo é de ficar matando as pessoas da rua, assaltando os carros, etc. Calma, preocupado leitor, ninguém aqui saiu matando gente na rua nem roubando nada... Mas se você já jogou GTA sabe que o único modo para se localizar no jogo é um mapa no canto inferior esquerdo da tela, similar a um GPS. E é aí que entra o Vivaldão, que comprou um fantástico iPhone e que decidiu que não teríamos problemas nenhum para sair em Piracicaba (considerando que ficamos alojado na Put.., digo, quase em Capivari): o GPS encontraria qualquer coisa! Disso, realmente, eu não duvida. O problema era o Vivaldão encontrar alguma coisa no GPS. Em uma das noites, sem brincadeira, rodamos mais ou menos uma hora e meia, completamente perdidos. Dois problemas no GPS foram encontrados:

1°) O dono dele;
2°) O Vivaldão nunca sabia se a gente estava indo pra frente ou para trás naquela coisa;
3°) rotatórias: um terror! Teve uma rotatória que nos passamos, pelo menos, umas 10 vezes. Era incrível: quando chegava lá, nossas mentes travavam e pegávamos o mesmo caminho! Não conseguíamos sair do lugar! SIMPLESMENTE INACREDITÁVEL! Foi tipo uma mistura de “A Bruxa de Blair” com “Velozes e Furiosos”.

Bom, portanto, para você que joga GTA ou tem um GPS (não confundir as siglas) fica as dicas: Cuidado com a direção, cuidado com as rotatórias e, sobretudo, não deixe o Vivaldão de co-piloto!
(nota: depois de uma série de tentativas, devemos dar o braço a torcer e dizer que o GPS acabou sendo muito útil... Algumas horas depois. Mas útil).

Fim da Parte I

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

De volta para o Futuro...


"Tem alguém aí, Mcfly?! Tem alguém aí?!"
(Biff Tannen- De volta para o Futuro II)

Sim! Temos alguém aqui! Peço desculpas pela ausência prologanda. Logo mais, uma tentativa de reconciliação para com os fatos pendentes.

Feliz 2009 para todos nós!
Forte abraço,

Leonardo Vivaldo