terça-feira, 28 de agosto de 2007

Carta Aberta a Fernando Vivaldo.


Querido irmão, primeiramente, como não poderia ser diferente, parabéns. Feliz Aniversário. Mais uma primavera se desfaz sobre sua cabeça desatenta. Sim irmão, estamos velhos. Você bem mais do que eu, é verdade.

E tal fato, bom leitores que somos turvando nossas vidas em meio aos livros (um gosto que acho que herdei de você) torna impossível não olhar para trás (e quem sabe até para frente) e ver (ou melhor, ler) alguma coisa que não deixe uma marca indivisível nisto tudo. É como se algumas linhas pudessem ser o marcador temporal incomensurável de um tempo que não voltará mais. Repito: estamos velhos. Eu, por exemplo, já não toco a Lira dos Vintes Anos e você já começa a disparar na frente das Balzaquianas. Num piscar de olhos estaremos lembrando as Memórias de Nossas Putas Tristes (não é da safadeza que falo. Bem, você entendeu).

E não posso deixar de lembrar, nesta data tão especial, por mais que você não agüente mais ouvir, os célebres versos de Drummond:

“Sinto que o tempo sobre mim abate
sua mão pesada. Rugas, dentes, calva.
Uma aceitação maior de tudo,
e o medo de novas descobertas.”


E sabe por que? Estamos ficando mesmo velhos. E não falo de saudosismo melancólico como se estivesse Em Busca do Tempo Perdido. Muito menos de algum desespero tão alucinado que nos deixaria frente aO Suicídio. Não é para tanto, certo? Até por que, você não enfrentará Cem Anos de Solidão. Eu garanto. Ainda que vivamos na Era dos Extremos, pode ter certeza que tem um irmão aqui. E não somos nenhuns Irmãos Karamázov e você bem o sabe.

Curta, meu querido irmão, Os Prazeres e os Dias. Pois num desses dias, A Hora da Estrela chega, e aí, não tem mais jeito. Então, por isso, aproveite. E não ouse nenhuma Metamorfose. Você está bem do jeito que está. E não digo isso por camaradismo, meu Camarada, mas acho mesmo que você é um grande cara.

E já que estou entrando na parte das Confissões, apesar de não ser nenhum santo, confesso que curto muito ser o seu irmão. E não sou só seu fã no Orkut, mas na vida real também. Aliás, principalmente na vida real. Que ultimamente não anda tão real assim... Bom, sei lá: Bem Vindo ao Deserto do Real. E disso tudo, sabe o que acho? Estamos ficando velhos.

No mais, Falta-nos O Capital necessário para uma vida completamente ociosa, pois é verdade que nossa ética, nem tão protestante, muito menos ao espírito capitalista (talvez sim, mas iremos sempre continuar batendo o pé dizendo que não) a muito tempo é pragmatismo utópico romântico de nossa parte.

Bem, é isso. Chega de sentimentalismos. Não ando aturando bem a idéia de me traduzir em palavras. Acho que é O Processo do envelhecimento. E não vou falar nada sobre literatura, e livros, por que nós já conversamos muito sobre isso. Além do mais, você deve estar cheio de coisas para fazer e eu também. Parabéns novamente. E torno a repetir: estamos velhos. E só para lembrar: você mais do eu.

Até mais.

Sucesso dentro e fora das 64 casas (tenho que dizer isso a todos os enxadristas aniversariantes! Será TOC?! Ah! E ia me esquecendo! Goethe também nasceu no dia 28 de Agosto! Logo ele! Pai de Fausto! Coincidência?! Acho que não!).

Leonardo Vivaldo.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Máximas e Mínimas.


Hoje acordei um tanto saudosista... Na verdade, sempre fui muito saudosista (se é que a idade permite fazer esse comentário). Nostálgico mesmo, daqueles que cada música lembra um momento, cada poema uma sensação e cada pessoa um sentimento. Saudade dos bons momentos que me lembro e dos que não lembro também (quantas vezes já falei de esquecimento aqui?!). Saudades até “do que não foi” (Acho que desenvolvi o hábito de poetizar algo mais do que possuo no afã de preencher o vazio deixado pelo que não possuo).

E talvez seja (hipótese minha) por que todo(a) enxadrista seja saudosista por excelência. Passamos boa parte de nossas vidas In Tablero tentando lembrar planos, posições, temas, lances etc. Sendo assim, esse será um texto curto e leve. Só para não me esquecer de certos acontecimentos (que são ainda de pouca expressão para o andamento da história humana) que vivenciei em uma agradabilíssima tarde de sábado (11 de agosto, ontem) no Clube de Xadrez de Matão. São apenas alguns apontamentos, frases, ou diálogos. Máximas (e Mínimas) com que me defrontei.

Então esperando a segunda-feira chegar (e com ela toda a áurea enfadonha de rotina, pois se iniciará o meu semestre letivo) tomado por uma mistura de mau humor, ansiedade, e principalmente, Saudade, a leve embriaguez que conduz estas palavras –agridoce e ardentemente regadas a cada gole de cerveja- embora envaideça e encha de esplendor cada limite entre as estrofes, ainda é bem verdade que não atinge o ponto de desafiar as inexoráveis leis da lógica. Fato: todas as frases e todos os personagens são reais. “Humano, demasiadamente Humano”. E talvez seja daí que resulte todo o problema...

“Hoje eu tive aula de Física Orgânica”.
(Biro-Biro. Dizem que ele concertou depois para Química Quântica, mas como eu não ouvi essa parte, prefiro não alocar-la, ainda que eu não duvide...)

“-Seu filho nasce hoje. Daqui 10 anos, quantos anos ele vai ter?!
-Ué, 10 anos!
-Depende da tecnologia...”

(Vanderley José da Silva. Perto dele, Salvador Dalí seria um mero figurante de Circo. Caso raro o desse menino. Ele perdeu a fronteira entre a consciência e o inconsciente).

“O Super-Homem Nietzscheniano jamais o serviria um copo de Coca”.
(Leonardo Vivaldo, de garçom, para Rafael Oliveira, nosso futuro filósofo).

“ -Seu Mário, explica pra gente o sexo das antas?
- Ô bicho de c... peludo!”
.
(MB desenvolvendo algumas explanações pertinentes da Fauna Brasileira levantadas por Leonardo Vivaldo).

“Você não vai ganhar! Não está vendo que eu tenho um monte de peça aqui... Parada!”.
(Eduardo Tucci querendo provar a relatividade até na inércia... Ele perdeu a partida).

“MB. Ele saiu do corpo, mas ele vai voltar. Eu ainda não esqueci do que aconteceu no Império Romano”.
(Rogério Bordignom. Grande amigo do CXM, suscitando teoria ontologikardecista).

“Caralh... me mordam!”
(Vidotinho. Depois de um dia estressante. Trocar nomes acontece...).

“Um novo homem! Sem paixões!”.
(Leonardo Vivaldo, retalhando os conceitos da verdade absoluta. Segundo MB, essa teria sido a *Vivaldésima terceira vez que a frase foi dia pelo jovem).

“-Seu Mário...
-Depende...
-Não...
- ...
-Hum...
-É...”

(Diálogo travado entre Leonardo Vivaldo –tentando resolver alguns problemas pessoais- e MB. Tudo durante um sacrifício de peça e peão...).

“Ele fez TODAS as faculdades.”
(Vanderley sobre seu amigo semi-imaginário Manuel).

“ -Aqui joga esse!
- Peraí Vanderley... É MATE!
- Mas tem compensação..."
.
(Vanderley. E o Gol é só um detalhe...).

“ -E aí Tucci, vamos jogar War amanhã?
- Amanhã? Não dá. Tenho que almoçar!”
.
(Tucci. Novamente, o tempo é relativo).

“Entretanto, por exemplo, como pode alguém que nunca esteve em uma guerra divagar sobre ela?! Alguém que nunca sentiu o espectro cinza da guerra pairando sobre sua nação, ou pelo menos sobre seu continente, divagar sobre ela?! O simples passo rápido pelas teclas frias do computador já incomoda e angustia todo o pensamento. Como seria fácil viver, divagar, e guardar silenciosamente essas mesmas divagações, obtusas, e tantas vezes dispensáveis. Ainda que desse mar arredio tenhamos um sobrevivente, é impossível não conceder a máscara de algoz para a tentativa e a esperança. Divagações: inúteis.”.
(Leonardo Vivaldo –Letras!- em trecho de uma carta de 5 folhas a Rafael Oliveira –Filosofia!!- discutindo alguns por menores da Física Quântica -!!!).

“Você usou um estilo meio romântico, não usou?!”.
(Ruy Mastropietro, questionando Leonardo Vivaldo, sobre a carta anteriormente referida).

"-Vivaldo, vamos jogar?!
- Não.
- Brancas ou Pretas?!".

(Alemão, perguntando a Leonardo Vivaldo a contra pergunta da resposta).

“Parabéns Seu Mário! Feliz Dia das Mães!”
(Vários).

E isso foi UMA tarde no badalado CXM...
A manhã realmente já vem raiando, e como muitas outras, trazendo a aurora e belezas naturais sublimes que eu não assistirei porque estarei dormindo. E aqui vejo indo, agora, um pouco diminuído o meu tempo de madrugador...
Contudo, não posso reclamar. O dia (se é que o domingo pode ser considerado um dia como os outros) esvaiu-se - junto com as lembranças do sábado- tranqüilo, rotineiro, e, quem sabe, talvez, até massacrante. Por que não? Mas já desponta o crepúsculo, e com ele o ouvir de novos sopros alegres de ventos, e até alguns pequenos detalhes aguardados em momentos que mais tarde, muito mais tarde, farão brotar novos fragmentos de prosa e poesia.

Até mais.
Forte Abraço.


(*= Vivaldésima terceira vez. Definição para algo de dimensões incomensuráveis, absurdo. É sempre regido pela constante 3, de onde resulta certos vultos de obscurantismo, superstição, e álgebra linear II).

sábado, 4 de agosto de 2007

Jogos Regionais 2007 (Barretos)- Parte II

3°Capítulo (25/07)- Face a Face com o Inimigo.
Música: Maluco Beleza (Raul Seixas. “Toca Rauuuul!”).
Frase: “Estamos criando Laços!”.



Acordei. Tinha dormido feito uma pedra (O chão ajudou nisso). Indo para tomar banho, como de costume, faltava água. Sem ter o que fazer, fui convidado a assistir a um jogo de vôlei feminino no estádio perto da escola onde estávamos.
O Jogo era sofrível. Acho que elas combinaram antes que não valeria “cortada”. Em um dos intervalos do Jogo a “Torcida” ovacionou: “Vivaaaaaldo, Viad...”. Era o pessoal de Guaíra (Rafael, Cléber Fischer, Grego, e companhia) fazendo uma homenagem carinhosa para o jovem Vivaldo. Fico devendo uma pra vocês!
Voltando ao alojamento, resolvemos a escalação: MB jogaria. Eu, e agora o Jayme, iríamos sofrer do lado de fora.
Fato curioso: as duas equipes tomaram “a finta” na hora de escalar. Ribeirão baixou um tabuleiro e nós subimos um. (antes que eu me esqueça: Foi aniversário do Neto! Comemoramos no bar embaixo do salão).
Felipe venceu a Gilmar de maneira convincente (só para Ribeirão, não para nós nem para o próprio Felipe). Nebe teve suas peças socializadas pelo, ou melhor, para o, GM Neuris Delgado (Ah! Esse é meu chegado!). Vivaldão ganhou boa partida do MF, e amigo, Álvaro Aranha (Quando precisa o “Bedidão” firma o pêlo! Acho que é a convivência com o Peludo. Entenderam?! Pêlo, Peludo...? Péssima piada...). E MB acabou perdendo para o Name. Depois de jogar mal a abertura (pendurar um peão) e tentar complicar o meio-jogo dando mais um peão, e até conseguir chegar a um final empatado de torres (!!!) Seu Mário acabou cedendo...
Faz muito tempo que ficamos forçando o MB a jogar. Acho que a questão não é só MB jogar, ou não jogar, mas a sua presença. O efeito (placebo, talvez?) de apenas ver o vulto sacrossanto da figura mor do xadrez Matonense está em um plano superior a uma mera participação nos tabuleiros. É algo transcendental, e que não pode ser mensurável em uma simples partida...
Empate. A trama se complica. A noite, rápida saída com o pessoal de Ribeirão (mais o Ramón). Obviamente uma música dedicada ao Name! E ele cantou e tudo! Conversamos por longo tempo...
Voltamos cedo. No dia seguinte teríamos Franca, parada dura. MB, como nunca saia com a gente, estava olhando o ninho de uma rolinha que tinha na árvore que dava para a janela do nosso quarto (!!!). Depois de algumas partidas de truco QUE NÃO IRIAM MUDAR MINHA VIDA, e a reclamação de um cara do judô, finalmente fomos dormir. Um frio insuportável. A noite não poderia ser diferente: o mundo é cor de rosa.

4° Capítulo (26/07)- Crônica de um Mate Anunciado.

Música: Black Sabbth (Ozzy. Do CD Speak of The Devil).
Frase: “A maior desgraça deste mundo é ser Fausto sem Mefistófeles!"


Como de costume estávamos sem água para o banho até as 10 horas. Então, uma ida até o ginásio para assistir a mais um jogo de vôlei. Só depois o banho. É incrível como esse aspecto sombrio dos jogos não é mostrado: os banheiros. Não sei o que é mais ridículo, tomar banho e um estranho aparecer no banheiro (como se nada tivesse acontecendo) ou um conhecido aparecer (aquele constrangimento, olhar no chão...).
Tirando isso, estava tudo relativamente normal. Jogaríamos com a nossa equipe que venceu o InterClubes: Tony Ramos, Nebe, Roy e Hardy. El Debs jogaria, de pretas, contra o MI Norte Americano, que é Argentino, mas parece Iugoslavo, Robert Hungaski. Partida dificílima, e o empate já era computado como um resultado provável e bom. Nos outros tabuleiros não tínhamos muita certeza de como seria, então, restava esperar. E foi durante essa espera, conversando sobre as possibilidades contra o MI multi-étnico, que MB profetizou ao jovem peludo: “Você vai ganhar do danado!”. Já começa e pairava algo de desconhecido sobre o time Matonense... Os olhos de Vivaldão brilharam...
Após algum suspense sobre a escalação de Franca, sentamos aos tabuleiros. El Debs e Robert, Frare e Lindolfo, Vivaldão e Evandro, Jovem Vivaldo e Serginho. Frare jogou firme, e depois de uma abertura um pouco imprecisa do amigo Lindolfo, conseguiu o ponto. Eu, depois de receber com surpresa o primeiro lance de meu adversário e jogar uma abertura “por rumo”- que nem a bússola que eu levei (não sei para quê!) ajudaria- consegui sair com considerável vantagem do apuro de tempo. Entretanto, logo depois, “Joguei feito um idiota” e acabei deixando escapar meio ponto. Mas, antes disso, em meio ao vai e vem de peças, olhei para meu lado e vi: Vivaldão estava COMPLETAMENTE perdido. Ia tomar mate...
Aviso o Nebe (que a essa altura já tinha ganho): “O Vivaldão vai tomar mate”. Bem, paciência... Volto a minha partida. Nesse dia, cada lance que fiz correspondeu a mais ou menos a cada vez que fui ao banheiro! Não sei se foi o suco (que bebi demais no almoço) se foi as duas garrafinhas de água (!!!) ou o frio (“Que retêm água, então...”). Mas devo confessar que tal atitude poderia render um patrocínio do Fritz-Krammik-Bathrool de bolso! Mas não foi o caso...
Em meio a minhas “andanças”, olho de novo para o Vivaldão (“Por que não abandona?! Está pensando que é australiana?! Está esperando peça?!”). Bispos de cores opostos, uma torre para cada lado... Peões iguais (juro que demorei a entender!?) !!! Truque de espelhos?! Hipnotismo?! Uri Geller?! Tomas Green Morton?! Mister M. foi rebaixado a um daqueles caras que ficam, na praça da Sé, com uma bolinha escondendo nos copinhos...
Corro para a platéia: Vai empatar! Tumulto em volta da mesa... Não era só Ribeirão que tinha um GM, nós também tínhamos: GM (Grande Mago) Vivaldão!
Nessas alturas eu já tinha feito muita besteira e empatara. Olho para o lado mais uma vez, para a mesa 1 agora, onde Felipe ainda estava lá, sólido. Passivo, mais sólido. Logo, essa partida também já acaba e corro lá para saber o que tinha acontecido (já certo do empate). Lembro-me muito bem do que vi na planilha: 0-1. Mais uma vez demorei a entender (e até de acreditar: quem tomou Mate?!)... Felipe deu mate! (-MATE?! Como ouvi depois...). Uma ameaça na partida e... Mate! Já tínhamos ganhando o match (ufa!) e passo do lado da partida do Vivaldão, jogando a contra gosto aquele final infrutífero. Alerto a ele, em alto e bom som: “O Felipe deu Mate!” Estranho, Vivaldão sorriu... Tinha os caninos maiores que os outros dentes...
Foi então que os arcanjos ressoaram suas infinitas trombetas e repartiram o céu em incomensuráveis cacos sonoros por onde ecoou infinito: mil cânticos, duas mil preces e três mil hosanas! Onde transbordou nesta acuidade a quinta-essência celeste e cegou os arcanjos mais poderosos! Milhe demônios jorraram, e gritaram, em uníssono tumor peremptório, duas mil labaredas cobertas de sangue e fogo eternal! O oitavo círculo infernal escureceu em um turbilhão pasmado de tortura e dor! A terra tremeu e engoliu toda caterva e toda esquife! As feras mais bestiais curvaram se submissas e paralisadas! O vento, o sol, a chuva, e toda a natureza, compungiram em um brado de respeito e dor! E assim, toda a criação em seu bastião de rebeldia estendeu-se apenas em retidão e medo! (Ou isso foi antes? Na hora do mate?!).
Um pouco depois (de ir ao banheiro, claro) volto a partida do Vivaldão: ele está... Ganho!
Nada de ilusionismo: Vivaldão, rebatizado como Herr Doctor Vivaldus, o homem que fez um pacto com MBitófeles! Foi encontrado isso no bolso do Vivaldão:

“Filosofia, Leis, Medicina
Teologia´té, com pena o digo
Tudo, tudo estudei com vivo empenho!
E eis-me aqui agora, pobre tolo,
Tão sábio como dantes!...
....
Por isso me entreguei todo à Magia”.


E foi assim. Acredite se quiserem. Na volta ao alojamento, depois do jantar, uma rápida saída, para descansar. Faltava pouco, mas ainda iríamos precisar vencer a última. Filipe Guerra estava fazendo falta...

5° Capítulo (27/07)- "Hay que endurecer-se, pero sin perder la ternura jamás!" .

Música: We Are The Champions (Queen).
Frase: “Una Equipo con El Debs, Bibaldinho (uno capibara com uno C ‘deste tamanho’) e o tercero tablero zebra...? Como nosotros no ganamos?”



Última rodada. Último banho (Ainda bem!). Jogaríamos com Jayme no primeiro, Vivaldos e Felipe. MB deixou suas malas prontas. Felipe e Rafael resmungaram alguma coisa sobre “o tempo que a família ia demorar para arrumar as coisas!”, evidentemente esse comentário foi ignorado. Rumamos para a rodada final. Matão e Guaíra.
Nessas alturas Itápolis já tinha feito muita lambança (o Agnaldo só faltou matar o Vidotinho!): Itápolis perdeu para uma cidade que jogou com um tabuleiro a menos! Entretanto, ainda poderia ficar em terceiro, bastava ganhar de Franca, mas não aconteceu (não era fácil...).
Cabia a nós ganharmos o match contra Guaíra com uma vitória simples. Assim, mesmo que Ribeirão pontuasse 4 a 0, de nada adiantaria.
Para manter a tradição, empatei, rapidamente, com o GRANDE amigo Robert Cléber Fischer. Vivaldão jogou bem a abertura e acabou ganhando do amigo Grego. Felipe encontrou um Tekinho obstinado, e que jogou muito bem, e só conseguiu o empate (por baixo, é verdade...). Jayme, contra o amigão Rafael Pimentel, depois de uma abertura um pouco animadinha do rapaz de Guaíra, acabou empatando, lembrando que essa foi a última partida e nós estávamos do lado de fora quase chorando para que empatasse logo aquilo lá!
Lembro-me bem do Vivaldão, no meio do salão, levantar os braços para nós (ou teria sido para o Bezerro de Ouro? Zoroastro, talvez?!) que estávamos um pouco afastados neste instante, em sinal de GANHAMOS! Dizem que eu fiz o mesmo. E que me ajoelhei no chão e blasfemei. É provável que tenha sido verdade. Não adiantou o olho gordo do Neuris, nem a proposta dele para que empatássemos o match, pois eles não iriam ganhar de 4 a 0...
Ganhamos! E como diria o velhinho de Jaú (um dia colocarei aqui toda a mitologia do CXM para melhor compreensão): “Como é gostoso ganhar!”.
Eu, Felipe, e Vivaldão, desfilamos pelo salão. Peito cheio, nariz para cima! Nem as considerações do Neuris sobre a nossa equipe abalava nossa felicidade! Aliás, umas palavras sobre o Grande Mestre Cubano mais legal do Brasil: Se nossos GMs, MIs, entre outros, tivessem metade do bom humor e carisma deste homem...Grande Figura!
Aliás, paguei minha dívida com a Laís (a equipe feminina de Guaíra ficou em 3° no sub21, só para lembrar). Bebi cerveja com o Biro-Biro (olha, que honra!) e com os meninos que jogaram por Motuca, mas são de Matão. A equipe deles era:
-Bruninho: psicótico. Tenho medo dele.
-Vanderley: dispensa comentários;
-Ruy: consegue travar um monólogo entre duas pessoas (Ele e o Rafel Blanco, conversando sobre coUsas do mundo);
-Renan: é o mais normal. Sempre de olho...
-Rafael Alemão: meu aluno! Tem futuro!
-Biro-Biro: ...
No pódio, Vivaldão ficou com a responsabilidade de levantar o troféu (ele, claro, adorou o fato de ver um GM, e um MI, ali, do lado dele...). Faltou ainda o Nebe, o MB (já tinha ido embora com os Bárbaros Visigotos), o Jaiminho Tortorello (nosso presidente, e o homem que trouxe de volta o ânimo da equipe matonense) e Filipe Guerra (que ficou exilado em Curitiba).
Fotos com o pessoal da secretaria de esporte, cumprimentos, abraços, e despedidas...
E ainda encontramos o pessoal do Neuris no shopping! Ele deve ter adorado... Oferecemos até exílio para ele, mas o Aranha fez questão de dizer que esse cubano ele ia mandar de volta!
E foi isso, ou algo bem próximo disso...

Prólogo.

Pouco ainda deve ser dito. Final de Jogos, mesmo ganhando, é sempre um tanto melancólico. É como se estivéssemos saindo do Big Brother na primeira semana (!).
Mas não temos do que reclamar. Ganhamos! E já fazia dois que não ganhávamos! Para se ter uma idéia do xadrez Matonense, alguns dados:

Está foi a 33° medalha do xadrez Matonense em Jogos Regionais. A primeira, veio em 1961 (Sendo Ouro, na cidade de Catanduva). São 16 ouros, 13 pratas e 4 Bronzes. Desde de 1992 a equipe Matonense vem revezando entre a prata e o ouro (sendo 9 Ouros neste intervalo de tempo). No total, em se tratando de Jogos Regionais, a equipe conta com 475 jogos, sendo 285 vitórias, 80 empates e 110 derrotas."

E aí eu olho isso e penso: Eu faço parte dessa equipe! Isso é muito bom...

Poderia mandar um abraço para todos que revi (ou conheci) lá. Mas se por algum motivo bizarro, você esta lendo esse blog, então, se sinta abraçado (Isso parece auto-ajuda!). Antes que eu me esqueça, o Subtítulo “Momentos que não me lembro, de uma semana que não esqueço.” Evidentemente que é uma homenagem ao nosso ilustre desfalque Filipe Guerra.

Um esclarecimento importante: Vejam, ou leiam, uma peça de Tchekov chamada “A Gaivota”. Ela termina em um anticlímax inquietante, e acho que bem parecido com isso aqui. Então, acho que a frase dele no começo destas Memórias, veio bem ao encontro disto tudo...
Quantas coisas eu devo ter omitido. Quantas outras exagerado...

Mas é isso. Jogos Abertos, Praia Grande...

Até mais.
Forte Abraço!

É NÓIS!

Jogos Regionais 2007 (Barretos)- Parte I

Memórias de um Enxadrista de Matão- Momentos que não me lembro, de uma semana que não esqueço.

Prefácio do Autor

“Meu objetivo é matar dois pássaros com uma só pedra: pintar a vida nos seus aspectos verdadeiros e mostrar quão longe está da vida ideal”.
(A.Tchekhov)


Ao organizar este pseudo-livro-relato-conto-novela-romance, e por fim, e talvez mais verdadeiramente, mais só talvez, Post, o autor, não teve em mira, propriamente, selecionar passagens pela qualidade, nem pela beleza, ou poesia, que acaso se observa no transladar atmosférico de um torneio de xadrez. Cuidou antes, de localizar, na obra postada, certas características, preocupações e tendências, que a condicionam ou definem, em conjunto. Memórias, pareceu-lhe, assim, então, mais vertebrada e, por outro lado, espelho mais fiel de sensações e particularidades presente em seu eu e nos “outros eus”.

Escolhidos e agrupados os capítulos sob esses critérios, resultou que Memórias não segue somente uma divisão cronológica, mas também sentimental (ou experimental). O texto foi distribuído em um duas partes, sendo: Prelúdio, cinco capítulos, e um Prólogo, cada um contendo material extraído de diferentes momentos e dispostos segundo os fatores mencionados. O leitor encontrará como ponto de partida aos capítulos, não só o nome destes como orientação, mas também citações, máximas, e até músicas, que tentam transcender o mero entendimento pela massa verbal (alguns episódios têm exatamente a música, frase, ou foto, como representante mais fiel. Se ali ainda resta um pouco do verbo desgastado do autor, é mais por hábito, do que por necessidade).

É verdade que alguns momentos caberiam em outros episódios que não o escolhido, ou até em mais de um. A razão da escolha está na tônica da composição, ou no mero engano do autor – em sua discordância memorial dos fatos. De qualquer modo, é uma arrumação, ou uma pretensão de.

(L.V.V.)

Matão, 2007

Prelúdio (21/07)- Maryland.

Música: Whisky a Go-go (Roupa Nova).
Frase: “Eu estou bem!”.



Até parece que foi ontem...
Que uma menina loirinha me ganhou uma partida, “a La” Lances Inocentes, no primeiro torneio da minha vida... Lembro-me como ela falava de um jeito engraçado (“o ônibus parou em toda pORteira”), ou, tempos depois, de quando ouvi ela conversar no saguão de um hotel em Bauru sobre o vestibular que ela tinha prestado...
E agora isso: ela se Formando! Taís Julião, Bacharel em Relações Internacionais! Quem diria... E pensar que o máximo que eu sei sobre o Exterior é a capital de alguns países. E olha que eu já confundi Taiwan com Xangai!
Depois de ganhar até uma lembrança nos agradecimentos da monografia da moça, como eu poderia recusar o convite de ir para a sua festa de formatura?! Sem contar as boas risadas, e os conselhos, que já tive com minha psicanalista de plantão.
Então, parti! Matão-Taquaritinga-Marília. E como diria meu ex-professor de Geografia, Marcão Massucato (ele me cobrava as “áreas de monções” e eu cobrava 15 minutos mais cedo para ir embora): “Deus ajuda as crianças, os Bêbados, e os Ignorantes!”, o que deve ser verdade, pois não tinha a mínima idéia de horários e lugares para onde eu devia exatamente ir.
Mas deu tudo certo. Cheguei são e salvo, e depois de encontrar meu irmão e a dona da festa, arrumar gravatas, sapatos, e afins, pronto, festa mesmo!
Muita cerveja. Entretanto, logo me rendi ao “cachorro engarrafado do homem”. E com muito gelo! Poucas lembranças sadias depois do 7° ou 8° copo...
O que me lembro melhor é do Vivaldão indo me buscar no banheiro... É importante ressaltar que não passei mal! Por algum motivo bizarro, quando bebo um pouquinho demais, vou ao banheiro e durmo. Simples e bom. Não incomoda ninguém. E nem adianta vir com sofá (O Vivaldão bem que tentou)... É, o professor estava certo, os bêbados também, os bêbados também...
Festa muito boa, pessoal nota 10! Mequequefe** (será que era isso?!), Mariana, Saci, Patrícia, Tchubaba* (é, não é só os nomes das capitais que não lembro bem), entre outros...
E como não poderia ser diferente, sai da festa e fui direto para a rodoviária. Quase passei de Taquaritinga, mais uma alma caridosa me fez o favor de me acordar quando o ônibus estava saindo... No percurso de Taquaritinga para Matão recebo uma ligação do Neto, nosso Marcelo Gleiser, dizendo que iria para os Regionais. Ah, os Jogos Regionais... Eu ainda tinha um dia para me recuperar... Ainda bem que uísque (bom) não dá dor de cabeça...

(*= Xubeba! Entretanto foi mantido o nome pelo qual o chamava).
(**= Vide foto).

1° Capítulo (23/07)- O Malucão da Geo.
Música: Roda Viva (Com interpretação de MPB-4).
Frase: “Eu não estou inscrito!”.



É chegado o dia. Depois de longa negociação (Sinceramente: foi uma discussão mesmo) batemos o martelo: sairíamos às 8:30h da manhã! (Lógico. Fui voto vencido!). Os autores da proeza?! Os irmãos Bárbaros Visigotos. (Abro um parêntese para esses dois: Acho que não conheço dois caras mais dignos e batalhadores que eles. Amigos para todas as horas, são duas pessoas que eu tenho certeza que posso contar sempre.). Neto, o Caça Vampiros (vide seu pescoço), também iria com a gente. Essas três figuras jogariam por Itápolis.
Agora era só 4 homens, várias, e várias, malas, e o Cicatriz (O Escort bege do Vidotinho). MB já estava lá (Aliás, onde MB não está? Ele tinha ido no domingo, com minhas malas e a do Vivaldão. Santo MB!). Vivaldão também estava rumando ao campo de batalha com seu motorista de 2400, mais Taís Julião e Rafael “muito doido” Blanco (Que iria jogar por Itápolis). O espetáculo então ia se construindo...
A viagem foi tranqüila. Vidotão dormiu boa parte do caminho. Vidotinho foi um leão a frente do volante (agüentou firmemente cada grito meu e do Neto, toda vez que passava um caminhão. Uma brincadeira saudável para se fazer em uma pista). Aliás, Eu e Neto reclamávamos. De tudo. Tudo mesmo. Da vida, do xadrez, dos estudos, do motorista, das malas, da estrada, do pedágio, do posto, das frases escritas no banheiro do posto, e até, de nós mesmos. O ponto alto foi a encenação de uma passagem do impagável Galvão Bueno (procurem no youtube! Não é mentira!):
“Repórter:- É Galvão, o Romário está descansando. Está aqui, comendo uma banana agora...
Galvão:- CÁLCIO!”.

E assim chegamos ao nosso destino final: Barretos. Depois de uma longa hibernada, Vidotão finalmente acordou e a única coisa que disse fez a gente errar o caminho. Coincidência (se é que elas existem) encontramos o alojamento de Itápolis, e quem diria: era o mesmo que Matão ficou nos Jogos Regionais de 2001. Um filme começou a passar na cabeça... Mas logo terminou, pois não me lembrava muito bem dos fatos, e, além disso, confundia com outros Regionais. Lá se vão já 8 anos de Jogos!
Depois de um almoço bem servido (os dois Vidotos não comem, eles processam a comida) chegamos ao local onde iríamos jogar.
Brasileiros, Americanos, Argentinos, Cubanos... Calma, não era o PAN! Estávamos mesmo nos Jogos Regionais. Tenho que confessar que essa é uma das partes mais legais, e mais estranhas, de um torneio. “Quanta gente, quanta alegria...”. Cumprimentos, cumprimentos... Rever amigos, ou conhecer amigos. Laís de Guaíra estava lá também! “Depois de conversas insanas pelo MSN e visitas ao meu blog” (palavras dela). Gente boníssima, como tinha certeza que era. Meiga, simpática, e inteligente. Uma coisa que me impressionou na equipe feminina de Guaíra, é como essa moça aparenta ser o ponto de equilíbrio. É ela que assina a escalação, resultados, e importante: sempre pontua!
Depois de tanto conversar, e de movimentos estranhos no salão devido a música que tocava, finalmente a primeira rodada: Matão x Cristais Paulista. Por capricho do destino, tínhamos duas camisas de um jeito e duas de outro. Eu e Pelúcio tivemos que “correr” ao alojamento Matonense para buscar as camisas certas. Quase jogamos com as camisetas molhadas do time de Futsal. É importante lembrar o espírito de liderança do velho Vivaldo (isso, eu sou o jovem Vivaldo- resolvendo assim, alguns problemas nominativos para muita gente e para a Laís, principalmente!) que não só fez a convocação de quem iria buscar as camisetas como de quem iria ficar. E o mais importante: ele ficou com a chave do quarto (onde estavam as camisetas certas) facilitando e muita nossa vida! Gênio esse rapaz!
Chegando realmente dessa vez para a primeira rodada, encontramos na porta nosso Monk! Jayme! “-Eu te conheço! Você não é padre coisa nenhuma!”.
Finalmente (quantas vezes eu já disse isso?!) sentamos! Antes da rodada, uma homenagem ao “Velho Malandro” Canarinho. Nada de silêncio (isso ele teve durante muito tempo em suas partidas), mas sim uma merecida salva de palmas.
No match propriamente dito: Jayme, no tabuleiro um, estava sem adversário, e provavelmente venceria de WO. Felipe no 2, enfrentando uma Stonewal (Duas notas importantes da partida: Trocar o bispo de casas pretas das negras está cada vez mais indo para o universo da lenda, ao invés da vantagem simples e clara. Agora, por mais que argumente o jovem Pelúcio: Aquele Tb1 que ele jogou é uma tremenda palhaçada!).
Vivaldão, no 3 (ah! O Vivaldão!), jogava com um figura aparentemente normal, mas que vim a saber depois, que respondia pela alcunha de Malucão da Gel. Eu, no 4, enfrentava um senhor já de idade que após alguns lances da abertura estava contando com um peão a menos e aparentemente sem muita compensação. Foi quando um fato curioso aconteceu: Na rotineira vistoria dos RGs dos atletas, murmurinho. O árbitro chamou o Ramon, que chamou o Malucão da Geo, que conversou, conversou... E nós, um olhando pra cara do outro, sem entender nada... Foi então que vemos o retorno daquela figura fantasmagórica, e Vivaldão pergunta o que tinha acontecido, e então, recebemos a primeira grande máxima, cortesia do Malucão (Com minha leitura labial treinada eu tinha entendido “Eu não existo”. Mas como? Descartes não aceitaria uma coisa dessas! Bem, isso é outra história...) : “Eu não estou inscrito!” (!!!).
Mais confusão. Primeiro para entender que fato surreal era esse, e segundo, para entender o que iria acontecer: Acabaria o match? Ou só a partida do Camarada?! Depois de um pouquinho de confusão, foi esclarecido que só a partida do rapazola terminaria, entretanto, como sua equipe ficaria em apenas 2 tabuleiros, não poderiam continuar. Início curioso para uma equipe curiosa (falo da nossa, claro!)...
Em fim, começava os Jogos. Alojamento de Matão: Comida boa, banheiros de presídio. Hora de arrumar as camas: MB tinha uma cama só para ele (teria até um altar se pedisse). Felipe, Vivaldão, e Rafael (que apesar de jogar por Itápolis iria ficar conosco) tinham suas camas em cima de mesas (justiça seja feita: a do Rafael era em cima de cadeiras!) e eu dormindo ao chão. Tenho ataques de Humildade nos alojamentos e sempre durmo no chão. É quase uma penitência franciscana... Já noite adentro, sentíamos crescer o frisson homo afetivo no quarto. E era só o primeiro dia... (Na segunda rodada teríamos Itápolis, e o Rafael bem ali...).

2° Capítulo (24/07)- Dormindo com o inimigo.
Música: Amigo é pra essas coisas (Novamente, com a interpretação do MPB-4).
Frase: “Por que não joga Te1?”.



Segunda rodada. Jogaríamos contra nossos amigos de Itápolis. É muito estranho enfrentar alguém com quem você joga, ou mais, convive, diariamente. Ano que vem, nada dessa palhaçada! Cada equipe em uma região, por favor!
Surpresa agradabilíssima era que nosso querido churrasqueiro Nebe jogaria (apesar de viajar todo dia) esta rodada e as próximas duas.
Feita a escalação sobrou para eu (“mim” fica mais bonito, não?!) torcer do lado de fora junto com o MB.
El Debs ganhou uma boa partida do Vidotão. Frare acabou diblando a fortaleza do Vidotinho. Vivaldão depois de uma abertura deverás suspeita, acabou empatando com o Rafael. Mas acredito que o ponto alto foi o empate de Jayminho e Neto.
Apesar de estar jogando com um estudante (talentoso) de Física, nosso doutor deu várias explanações para o jovem rapaz sobre a verdadeira Física. Tanto a clássica quanto a moderna:
1ª Lei de Jayme (princípio da inércia): Quando a resultante das peças que atuam sobre o tabuleiro de Jayme for nula, Jayme permanecerá em repouso ou em movimento retilíneo uniforme com a cabeça.
2° Lei de Jayme (Lei da Relatividade): Sustenta a noção de que não há movimentos absolutos no Universo, apenas relativos: chegar atrasado para a rodada? É relativo. Não Jogar Te1?! É relativo também...
Por fim, para fechar, Jayme mostrou para o nosso amigo que não só de Física vive o homem. Da filosofia veio:
Aforismo de Jayme: “Cogito ergo dolo” (Adaptado de “Cogito ergo sun”): “Penso, logo apuro”.
Mais um dia se passara. Riberão Preto ganhara apertado de Franca. O encontro conosco era inevitável...
Voltamos ao gelado alojamento Matonense. Gelado pelo frio e não pelo calor humano. A progesterona subia a níveis alarmantes. Eu, que fui outrora batizado por MB como “Fauno Devasso”, não estava suportando. Vivaldão, completamente dopado, estava impossível. Acredito que tenha sido o remédio de gripe que MB o dera. Sobrava comida mais faltava água...