quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Memórias (quase) Póstumas do 72° Jogos Abertos do Interior – Piracicaba 2008 (PARTE II)

Capítulo 5
As partidas

“Outrossim, afeiçoei-me à contemplação da injustiça humana, inclinei-me a atenuá-la, a explicá-la, a classificá-la por partes, a entendê-la, não segundo um padrão rígido, mas ao sabor das circunstâncias e lugares.”(Memórias Póstumas)

Pressuposto que a lógica indicaria seguir agora para a conseqüência natural da utilização do GPS, ou seja, A(s) Noite(s), mas lembrando que isto tudo já perdeu há muito qualquer rigor de ordem, sigo, doravante, para as partidas: pois a idéia primeira fora jogar xadrez - ou, ao menos, em alguns casos, tentar... Ou em todos.

De qualquer forma, e contradizendo um pouco o parágrafo anterior, não tenho por intuito demorar-me demais aqui – portanto, não falarei das partidas. Poderia ficar aqui citando mil e uma diabruras que ocorreram, mas isso seria por demais enfadonho – e talvez até exagerado. Alguns pontos positivos também poderiam ser levantados, mas isso seria por demais arrogante – e com certeza exagerado. Quiçá a partenogênese enxadrística pudesse ganhar alguma coisa se eu mostrasse como toda e qualquer partida, por mais estranha que seja, tem lá seu valor ao lado do prêmio subjetivo e inebriante da vitória (ou sufocante, no caso da derrota): mas isso seria romper o silêncio que jurei guardar. Calemos, portanto... Mas não sem antes deixar aqui um lamurio baixo e quase imperceptível: seja do grito do desvalido, seja do nascimento dum forte. Ei-lo:


A posição em questão foi derivada do encontro entre nosso jovem Mancebo Rafael “Alemão” e nosso amigo “Carioquinha” (nome fictício). Notem, atentamente, a posição exposta: nem mesmo a dinâmica celeste poderia descrever maior mobilidade e ação! Do Diagrama em questão foram jogados mais, arisco-me a dizer muito mais, de 50 lances (e já havia passado mais uns tantos...). Apesar do apuro de tempo, e de várias ofertas de empate à parte, aliado ao nervosismo da estréia e até de algumas reclamações por parte da outra equipe (sabe-se lá porque), Rafael conseguiu manter o sangue frio e, sobretudo a paciência, para garantir o empate. Não é só vencedor que ganha as batatas: um empate, às vezes, vale mais que uma vitória. Falando em vitória, acredito nas revindicações que Alexandre Sigrist fez para o próximo Jogos Abertos. Ouve lá: PodCastle (por enquanto, é só ouvir o mais recente... Não é só o Vivaldinho que não é dos mais pontuais em atualizações).

E para que este capítulo não fique demasiado incolor, lembro, portanto, de algo que nada tem haver com a vida do xadrez, mas sim com o xadrez da vida: encontrei muita gente na rodoviária de Piracicaba: Silvio Oliveira; Juçana (no mesmo ônibus!); Andréia (de Campinas); e na zen posição de lótus em um dos bancos da rodoviária, a Taís Julião!

E, para terminar, uma foto do nosso estimado quarto (porque? Porque ele era show!):

Capítulo 6
As noites

“- É um vadio e um bêbado muito grande. Ainda hoje deixei ele na quitanda, enquanto eu ia lá embaixo na cidade, e ele deixou a quitanda para ir na venda beber.” (Memórias Póstumas)

E o pessoal do xadrez sempre muito animado. É verdade que dessa vez nós (entendam eu, Vivaldão e Marra), por estarmos em um alojamento afastado da cidade, e quase que do mundo ("um rancho fundo, bem pra lá do fim do mundo!" como diria Diego Silveira, de Itapetininga, que também estava por lá e sempre cobrando os post´s) nossas incursões noturnas se fizeram menores. Não raro fora o dia em que chegamos, jantamos e, depois do banho, o sono que serviria de rápido descanso para agüentar a noite, fora desfeito apenas com o costumeiro “acordar das mulas” matutino do Seu Mário...

No mais, seria impossível citar todos que desfrutaram do manto acolhedor da abóboda celeste. Contudo, também me parece muito injusto, não trazer à baila o pessoal de Rio Preto - por motivos óbvios (que nada mais é que o de comunhão ideológica aferida ao tema aqui exposto): W. Rocha (sempre discutindo alguma coisa com o Leomar Borges); o próprio Leomar Borges – um dos meus últimos ídolos enxadrísticos, à frente, evidentemente, de Korchnoi; Ramon, chefe da delegação e mentor intelectual das investidas noturnas; Eliana, não só a dona da máquina fotográfica, mas também embaixadora da paz; e, sobretudo, as incansáveis Marciane Prior e Adriana Shredder, ops, digo, Scheleder, que sempre nos incentivavam ao desfrute da noite. Aliás, essas duas desfrutaram de nossa companhia na derradeira noite (em boa parte das outras também, é verdade) em que estivemos em Piracicaba. E embora esta noite tenha começado em um dos bares “descolado” que o pessoal freqüentava, ela acabou por terminar em um lugar ainda mais opulento e muito longe de ser uma bodega qualquer. Julguem vocês mesmos:


E, sendo sincero, para não comprometer o relato daqui para frente sobre esta noite, pois minha memória sobre tal começa a ficar mais turva que o normal, digo apenas que lembro-me que demonstrei minhas habilidades na sinuca (aliás, modéstia à parte, há de ser um talento que desperdiço... Ao menos quando bebo) e, depois, agora já sem quaisquer lembranças minhas, que perdi meu RG no posto (as meninas que acharam!), que gritei sandices na avenida (diz o Marra que quase matei um moto boy), que dei alguma resposta atravessadas para o Vivaldão (mesmo alterado mantenho algumas características invariáveis da sobriedade) e, como gran finale, que pulei o murro do alojamento que era, mais ou menos, um Ramon e meio (tudo para colocar o carro lá dentro). Várias escoriações, e hematomas, foram descobertas no dia anterior.
Enfim, tendo em vista a supremacia da imagem em nosso século, e a preguiça deste que vós fala, segue algumas fotos que expressa muito bem as noites de um Jogos Abertos (este poderia ser o capítulo “coluna social”):

(As meninas de Rio Preto: Marciane, Eliane (de quem roube praticamente todas as fotos) e Adriane)

(A galera de Rio preto mais Christian quinto elemento)

(Rio preto e um foragido de lá: Diego Di Berardino)


(É Senhor Marra... Se o senhor não sabe nem eu! - Ao lado o MI Dragan )

(Marciane comendo alguma coisa - e bebendo também...)


(Leomar - sempre presente - e Paula Delai)

(Por algum motivo, acho que ele estava bravo comigo...)


(... Mas acho que no final ficou tudo bem... Não?!)


(Não Vivaldão, sai pra lá... Deixa eu tirar a foto sozinho)


(Irmão bêbado é foda...)


(Cada um carrega a cruz que merece... Dá pra ficar bravo?!)

(Ei, Crosa!)


(Enquanto isso, em Dresden, na Alemanha, recebemos um cartão/foto do mestre El Debs. Ele é o do meio, com as pernas para cima)


(Bispo, Vivaldinho, Marra, Vivaldão, Crosa e Dragan - All IN!)

Capítulo 7
Das Negativas

Entre o fim dos Jogos Abertos e a participação da equipe de Matão, mediaram os (des)sucessos narrados nas partes intermediárias do post. O principal deles foi a própria participação de nossa equipe - relatado com muito tempo de atraso, é verdade. Pobre relato atrasado, se tivesse vindo à hora, quem sabe, tu me darias o primeiro lugar entre os homens, acima da ciência e da riqueza, porque eras a genuína e direta inspiração do céu. O acaso determinou o contrário; e ai tudo ficou nebuloso - posto ainda que sucinto.

Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei a celebridade como “bloguista”, não fui Mestre, não degustei nenhuma pamonha, não joguei todos os dias e, depois do final dos Jogos, ainda participei em seguida do Inter Unesp e consegui desclassificar minha equipe na primeira rodada (abraço para os amigos(as) da Unesp de Marília. Saluto aqui de Bauru! Abraço do peito, cururú!). Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não ganhar os pontos apenas com o suor do meu rosto (mas com a ajuda da equipe e, mui respeitosamente, com a ajuda dos adversários). Mais; não padeci a morte do troféu de poker do Marra (aquele que eu quebrei dentro do carro. Achou que eu esqueceria?! Pois é, fica aqui sua última morada), nem a semidemência do Felipe El Debs (que estava lá nas olimpíadas. Aliás, ele se recupereu e trouxe as normas de GM - assunto para outro post). Somadas umas coisas e outras, qualquer pessoa imaginará, portanto, que não houve míngua nem sobra, e conseguintemente que sai quite com os Jogos Abertos. E imaginará mal; porque ao chegar a este outro lado do Estado de SP, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira negativa deste capítulo de negativas: - Não tivemos medalhas, não transmitimos ao nosso Município o legado da nossa miséria.

Fim da Parte II

4 comentários:

Unknown disse...

O fim da noite foi em um local de classe! Rss

Bruno Rogani disse...

Tal qual volta Ronaaaaldo, volta o blog de Vivaaaaldo !!!
hauhauhauhua

Comentário desnecessário !! Belas postagens !!

Anônimo disse...

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