segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Máximas e Mínimas.


Hoje acordei um tanto saudosista... Na verdade, sempre fui muito saudosista (se é que a idade permite fazer esse comentário). Nostálgico mesmo, daqueles que cada música lembra um momento, cada poema uma sensação e cada pessoa um sentimento. Saudade dos bons momentos que me lembro e dos que não lembro também (quantas vezes já falei de esquecimento aqui?!). Saudades até “do que não foi” (Acho que desenvolvi o hábito de poetizar algo mais do que possuo no afã de preencher o vazio deixado pelo que não possuo).

E talvez seja (hipótese minha) por que todo(a) enxadrista seja saudosista por excelência. Passamos boa parte de nossas vidas In Tablero tentando lembrar planos, posições, temas, lances etc. Sendo assim, esse será um texto curto e leve. Só para não me esquecer de certos acontecimentos (que são ainda de pouca expressão para o andamento da história humana) que vivenciei em uma agradabilíssima tarde de sábado (11 de agosto, ontem) no Clube de Xadrez de Matão. São apenas alguns apontamentos, frases, ou diálogos. Máximas (e Mínimas) com que me defrontei.

Então esperando a segunda-feira chegar (e com ela toda a áurea enfadonha de rotina, pois se iniciará o meu semestre letivo) tomado por uma mistura de mau humor, ansiedade, e principalmente, Saudade, a leve embriaguez que conduz estas palavras –agridoce e ardentemente regadas a cada gole de cerveja- embora envaideça e encha de esplendor cada limite entre as estrofes, ainda é bem verdade que não atinge o ponto de desafiar as inexoráveis leis da lógica. Fato: todas as frases e todos os personagens são reais. “Humano, demasiadamente Humano”. E talvez seja daí que resulte todo o problema...

“Hoje eu tive aula de Física Orgânica”.
(Biro-Biro. Dizem que ele concertou depois para Química Quântica, mas como eu não ouvi essa parte, prefiro não alocar-la, ainda que eu não duvide...)

“-Seu filho nasce hoje. Daqui 10 anos, quantos anos ele vai ter?!
-Ué, 10 anos!
-Depende da tecnologia...”

(Vanderley José da Silva. Perto dele, Salvador Dalí seria um mero figurante de Circo. Caso raro o desse menino. Ele perdeu a fronteira entre a consciência e o inconsciente).

“O Super-Homem Nietzscheniano jamais o serviria um copo de Coca”.
(Leonardo Vivaldo, de garçom, para Rafael Oliveira, nosso futuro filósofo).

“ -Seu Mário, explica pra gente o sexo das antas?
- Ô bicho de c... peludo!”
.
(MB desenvolvendo algumas explanações pertinentes da Fauna Brasileira levantadas por Leonardo Vivaldo).

“Você não vai ganhar! Não está vendo que eu tenho um monte de peça aqui... Parada!”.
(Eduardo Tucci querendo provar a relatividade até na inércia... Ele perdeu a partida).

“MB. Ele saiu do corpo, mas ele vai voltar. Eu ainda não esqueci do que aconteceu no Império Romano”.
(Rogério Bordignom. Grande amigo do CXM, suscitando teoria ontologikardecista).

“Caralh... me mordam!”
(Vidotinho. Depois de um dia estressante. Trocar nomes acontece...).

“Um novo homem! Sem paixões!”.
(Leonardo Vivaldo, retalhando os conceitos da verdade absoluta. Segundo MB, essa teria sido a *Vivaldésima terceira vez que a frase foi dia pelo jovem).

“-Seu Mário...
-Depende...
-Não...
- ...
-Hum...
-É...”

(Diálogo travado entre Leonardo Vivaldo –tentando resolver alguns problemas pessoais- e MB. Tudo durante um sacrifício de peça e peão...).

“Ele fez TODAS as faculdades.”
(Vanderley sobre seu amigo semi-imaginário Manuel).

“ -Aqui joga esse!
- Peraí Vanderley... É MATE!
- Mas tem compensação..."
.
(Vanderley. E o Gol é só um detalhe...).

“ -E aí Tucci, vamos jogar War amanhã?
- Amanhã? Não dá. Tenho que almoçar!”
.
(Tucci. Novamente, o tempo é relativo).

“Entretanto, por exemplo, como pode alguém que nunca esteve em uma guerra divagar sobre ela?! Alguém que nunca sentiu o espectro cinza da guerra pairando sobre sua nação, ou pelo menos sobre seu continente, divagar sobre ela?! O simples passo rápido pelas teclas frias do computador já incomoda e angustia todo o pensamento. Como seria fácil viver, divagar, e guardar silenciosamente essas mesmas divagações, obtusas, e tantas vezes dispensáveis. Ainda que desse mar arredio tenhamos um sobrevivente, é impossível não conceder a máscara de algoz para a tentativa e a esperança. Divagações: inúteis.”.
(Leonardo Vivaldo –Letras!- em trecho de uma carta de 5 folhas a Rafael Oliveira –Filosofia!!- discutindo alguns por menores da Física Quântica -!!!).

“Você usou um estilo meio romântico, não usou?!”.
(Ruy Mastropietro, questionando Leonardo Vivaldo, sobre a carta anteriormente referida).

"-Vivaldo, vamos jogar?!
- Não.
- Brancas ou Pretas?!".

(Alemão, perguntando a Leonardo Vivaldo a contra pergunta da resposta).

“Parabéns Seu Mário! Feliz Dia das Mães!”
(Vários).

E isso foi UMA tarde no badalado CXM...
A manhã realmente já vem raiando, e como muitas outras, trazendo a aurora e belezas naturais sublimes que eu não assistirei porque estarei dormindo. E aqui vejo indo, agora, um pouco diminuído o meu tempo de madrugador...
Contudo, não posso reclamar. O dia (se é que o domingo pode ser considerado um dia como os outros) esvaiu-se - junto com as lembranças do sábado- tranqüilo, rotineiro, e, quem sabe, talvez, até massacrante. Por que não? Mas já desponta o crepúsculo, e com ele o ouvir de novos sopros alegres de ventos, e até alguns pequenos detalhes aguardados em momentos que mais tarde, muito mais tarde, farão brotar novos fragmentos de prosa e poesia.

Até mais.
Forte Abraço.


(*= Vivaldésima terceira vez. Definição para algo de dimensões incomensuráveis, absurdo. É sempre regido pela constante 3, de onde resulta certos vultos de obscurantismo, superstição, e álgebra linear II).

4 comentários:

Anônimo disse...

o CXM ta com cara de dia de clássico no Melão.... VEC x TAC ...

Maiza disse...

Oi, td bem e você? O mim eu mudei, tava na hora né? haha
Obrigada por ter ido lá ;D
Tenho 14 anos sim e fiquei feliz por você ter gostado do meu texto (paixão ou ilusão?. Sinceramente? Pensei que ninguém ia gostar.. ;/
Concordo com você! Haha
Vi aqui no seu flog q você esta fazendo letras na UNESP de Araraquara, minha mãe se formou ai ! =D

Beijos.

Anônimo disse...

e como isso rende sorrisos, não?

:*

Anônimo disse...

bom comeco