domingo, 25 de maio de 2008

Festival Santista de Xadrez- Mário Covas, SÉTIMA rodada

Cá estamos novamente “Longe Demais das Capitais” (como repete sem parar o Sigrist) com mais um boletim/post super pontual, apesar da intriga da oposição, e com notícias em primeiríssima mão. Antes de irmos aos comentários das rodadas é importante esclarecer algumas coisas que não se enquadrariam simplesmente em um dia, pois ou são comentários (in)relevantes e altamente tendenciosos ou mesmo fatos perdidos no espaço-tempo (mentira: eu é que não lembro se aconteceu ontem ou hoje... Mas já explico porque).

Vamos lá: Estou melhorando consideravelmente a minha interação social: já é possível rascunhar algumas linhas com Felipe jogando Copas, Salama tocando Lulu Santos e Sigrist reclamando de tudo e dizendo que está se sentindo dentro de um episódio de Seinfeld.

Eu, por outro lado, toda vez que passeio pelos corredores entre os quartos do Hotel Nacional me sinto dentro do filme O Iluminado na sua versão de 1980. Os corredores são bem grande e ao final uma porta, em meia luz, que parece que a qualquer momento vai ser estourada a golpes de machadadas, e de onde a cara do Jack Nicholson irá pular insanamente através dela.

E já que a idéia é comparar (e tivemos uma interessante experiência nessa área) vamos comparar: Isso aqui já está parecendo Big Bhother. Todo dia as mesmas pessoas e as mesmas esfiras... E mais que isso (para o bem ou para o mal): a descoberta de alguma paranóia de seu colega de quarto ou de qualquer outro maluco que esteja aqui. E é por isso que algumas coisas se confundem: É tanta maluquice (algumas tão pesadamente rotineiras e outras tão completamente non-sense) que a gente vai perdendo um pouco a noção dos dias e dos acontecimentos em si... E eu só me lembro de dois lugares assim (onde a loucura é adquirida pela confusão no descarrilamento da engrenagem do tempo): o BBB (já citado aqui- Aliás, o Andrés Rodrigues já foi o primeiro eliminado!) e a ilha de LOST. Bem, na praia nós já estamos... E pelo menos eu e o Felipe não sabemos como sair (voltar) daqui. Além do que, o que some de coisas aqui é um negócio IM-PRESSIONANTE (é, assim mesmo, com duas palavras). O que falar sobre isso?! AVE...LINO! (preciso dizer mais alguma coisa?).

Mas chega de loucura. Vamos as rodadas!

A quinta-feira começou de maneira tranqüila...Aliás, ela continuou assim: Acordar tarde, almoçar esfiras, dormir e, aí sim, ir para as rodadas, mas já com um programa para a noite: assistir o herói que permeou a vida de vários filhos da geração Coca-Cola (inclusive a minha): Indiana Jones – E o Reino da Caveira de Cristal. Bom, mas isso foi depois. Primeiros as partidas:

Nosso combatente (não leve o termo tão ao pé da letra) Felipe El Debs, continuou firme em busca da sua última, e definitiva, norma de MI. Além do Troféu Peter Leko (idéia do Sigrist). Jogando contra o MI Cubas, nosso peludo amigo (assistam no cinema Panda Ninja) freiou as pretensões bélicas do MI e ainda arrancou um elogio do mestre Herman: “Quando esse menino joga para empatar ele é um monstro!”. Pois é... E assim foi. TABLAS. Nessa rodada o salão foi animado nem tanto pela equipe da rede Record de televisão, mas pelo simpático MF Eduardo Marra, atual PopStar do poker brasileiro ( e fiscal de atualizações nos post’s da galera do torneio. Ei-la!).
Entretanto, o melhor veio depois da rodada, que foi a ida ao cinema para assistirmos ao filme do velho Indy. Participou dessa empreitada: Eu, El Debs, Di Berardino, Sigrist e André Salama.

Comentário do Filme (momento José Wilker):

“Último filme do já lendário herói Indiana Jones, brilhantemente imortalizado por Harrison Ford , que tem como título Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal,
consegue abarcar, em um primeiro momento, toda a nostalgia de quem vivenciou os três filmes da série. Percebemos que o herói não sofre nenhuma mudança drástica (a não ser a idade, mas essa não é nem mesmo citada) enquanto que seus vilões (que agoram são os russos) e sua ambientalização (a Guerra Fria) translada o herói para um novo universo: o dos espiões e das teorias de conspirações que pairam sobre o governo dos Estados Unidos. A trama, que ao começo surpreende e chega mesmo a estigar o espectador para saber mais e mais sobre ela, vai se perdendo na falta daquelas ‘tiradas genias’ que não vem (marca registrado do terceiro filme, Indiana Jones e a Última Cruzada- particularmente o melhor) e a algumas cenas um tanto quanto exageradas (mesmo para os padrões Spielberg ). Acredito que o maior pecado do filme foi a (des)união entre o novo e o velho, entre a tradição que o herói encerra e as propostas que nosso `mundo atual` poderia oferecer. Nota-se que no filme as partes acabam se tornando distoantes do todo, pois uma parte peca demais pela tradição e outra pela modernidade. No final, acho que o filme vale mais pelo herói do que pela história em si - que poderia bem ter tomado outros caminhos na trama, ou seja, algo que fosse mais próximo do que estávamos acostumados na série: o mistério e o `fantástico verossímil` que causa mais o estranhamento do que o espanto. Pode até não convencer, mas também não assusta (o que não é o caso do filme). Nota 6,0.”.


Não vou contar o filme todo aqui, muito menos o final, mas foi no mínimo bizarro três coisas sobre o mesmo:

- O trailler do filme Panda Ninja (que foi sugestionado que seria o Felipe);

- No meio do filme um dos personagens, que teria abandonado a escola, pois: “Lá eles só ensinavam coisas chatas, como esgrima e xadrez”. O que o pessoal do cinema diria se soubesse que eram aqueles idiotas que riram bem alto nessa hora?!

- A volta e o jantar que contou com uma calorosa discussão entre eu, Felipe e Sigrist sobre a concepção de “ser fã” ou de apenas “gostar” de uma banda (ou alguma coisa). E tudo isso por causa do famoso “toca Raúúúúúl”. Não vou transcrever aqui as teses por que aquela discussão não tinha o menor cabimento! (e todos estávamos insuportavelmente sóbrios. De verdade!).

Próximo Post oitava rodada. E a aventura segue “Eldebiano Jones e a Penúltima Cruzada”

Segue os resultados da sétima rodada:

7ª Rodada/Ronda/Round - 23/05/2008

Gilberto Milos 0,5 X 0,5 Rafael Leitão
Felipe El Debs 0,5 X 0,5 Jose Cubas
Sandro Mareco 1 X 0 Luis Coelho
Dan Cramling 0,5 X 0,5 Krikor Mekhitarian
Mauricio Flores Rios 1 X 0 Oswaldo Zambrana

(Para não dizer que eu não falei das Flores, falo do MI Flores, que conseguiu sua primeira vitória contra o GM Oswaldo Zambrana!).

Até mais!

Forte Abraço!

(como sempre: desculpem os errinhos! É a correria!).

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro amigo Vivaldinho !
Confirmo que fiscalizo o teu blog , porém é por um nobre motivo : é sempre uma leitura divertida e também levemente melhor que o blog do Fier !? nao concorda ?? hehe ( mas deixe pra lá , afinal Fier é Fier =)

e viva o nosso amigo Panda Ninja , alias Felipe''Segal'' El Debs ...

grande abraço
e parabéns pra variar mais um sensasional texto .

Eduardo Marra

Anônimo disse...

Grande Vivaldo, parabéns pelas crônicas realizadas durante o espetacular Torneio Mario Covas.
Há anos espera uma cobertura mais subjetiva, detalhada e cômica como a que você realizou.
Estou aguardando, ansiosamente, a crônica sobre a última rodada.
Boa Sorte!!!

ROBERTO/SOROCABA